The Last of Us (abreviado para TLoU) é uma franquia de jogos eletrônicos de ação-aventura e survival horror exclusiva da PlayStation, criada por Neil Druckmann. É amplamente aclamada pela crítica e pelo público, com todos os títulos lançados tendo grande sucesso. O primeiro jogo, lançado em 2013 (com uma versão remasterizada lançada em 2014), se tornou um dos jogos mais vendidos do PlayStation e é considerado um dos melhores jogos da história, tendo vencido mais de 200 prêmios de Jogo do Ano. O segundo título da franquia, lançado em maio de 2020, recebeu elogios por sua jogabilidade e fidelidade visual; no entanto, seu enredo e temas de violência receberam opiniões divididas da crítica e do público, porém deve figurar e ganhar as principais premiações de Jogo do Ano.
No dia 05 de março de 2020, antes do lançamento do segundo jogo da franquia , foi noticiado que “The Last of Us” ganharia uma série de TV pela HBO. Nessa resenha vamos comentar um pouco sobre esse anúncio e o que esperar sobre a produção televisiva.
Do cinema para as telinhas: uma decisão acertada
Sempre que um jogo faz sucesso, os olhos dos produtores e estúdios de cinema brilham, vendo a possibilidade de fazer uma adaptação cinematográfica que fature muito e quem sabe, ultrapassar a barreira tão almejada do bilhão de dólares nas bilheterias ao redor do mundo. E de todos os games que são reverenciadas por jogadores e crítica especializada, “The Last of Us” se tornou a franquia mais cobiçada de Hollywood.
Mas o grande problema dessas adaptações para as telonas é conseguir mostrar em duas ou três horas de exibição toda a história do jogo de videogame ou PC. Com exceção de “Silent Hill” (que considero a melhor adaptação de um game para o cinema) e “Assassin’s Creed” (que apesar de ser uma história inédita, traduz com fidelidade os elementos do jogo), na maioria dos casos, o fracasso de bilheteria e crítica são os resultados alcançados.
Por isso fiquei muito feliz quando foi dito que “The Last of Us” ganharia uma série. Nenhuma informação de quantos episódios ou quantas temporadas serão, mas o fato de ter mais tempo de exibição possibilita que a história seja melhor contada, Afinal “TLoU” é mais que pessoas tentando sobreviver a infectados raivosos, mas uma trama que envolve personagens complexos e multifacetados, que precisam serem desenvolvidos com calma.
Selo de Excelência HBO
Com certeza o que mais me animou ao saber que teremos uma série de “The Last of Us”, é que ela será produzida pela HBO. Poderia ficar parágrafos e parágrafos dizendo o quanto a Home Box Ofiice está a frente de qualquer outro canal ou plataforma de streaming quando o assunto é qualidade. Ao invés disso vou citar algumas produções que atestam o selo de excelência HBO: “Família Soprano”, “Roma”, “Band of Brothers”, “The Pacific”, “True Detective” (1ª temporada), “Westworld”, “Game of Thrones”, “The Outsider”, “Succession”, “His Dark Materials”, “Watchmen”, “Chernobyl” e por aí vai.
Showrunner de “Chernobyl”
A segunda informação que mais me animou é que Craig Mazin assumirá o comando da produção de “The Last of Us”. Esse cara é o responsável pela fantástica minissérie “Chernobyl”, que fora a enxurrada de prêmios e críticas positivas que ganhou, é o programa mais bem avaliado de todos os tempos (nota 9,6), segundo o site do IMDB.
Quem assistiu “Chernobyl” sabe que Craig Mazin é o nome certo para produzir “The Last of Us”, pois conseguiu em uma mesma história trazer momentos de terror e apreensão, eventos catastróficos e grandiloquentes e sequências extremamente emotivas. Como não ficar tenso quando os técnicos da usina ficam no escuro com o contador Geiger completamente maluco, ou não ficar comovido com a cena do enterro das vítimas da explosão do reator nuclear.
“The Last of Us” transita por todos esses gêneros: terror, suspense, drama. E Craig Mazin provou que sabe construir um evento televisivo que tenha essas características narrativas.
https://www.youtube.com/watch?v=ya1RboFaySM
Criador e Compositor envolvidos
A terceira informação que me empolgou é que Neil Druckmann, criador e diretor dos dois games da franquia, produzirá e coescreverá juntamente com Craig Mazin a série de “The Last of Us”. Isso é um ótima notícia, pois podemos esperar fidelidade (até onde for possível) e profundidade que os roteiros precisam ter. Mais uma vez: “TLoU” não é só uma história de pessoas sobrevivendo a um mundo povoado por infectados raivosos, mas uma história extremamente emocional e com personagens complexos e multifacetados. E foi justamente Neil Druckmann quem conseguiu nos apresentar a narrativa mais equilibrada, cativante e que misture tão bem o terror apocalíptico com os dramas pessoais das pessoas.
É muito bom saber também que Gustavo Santaolalla fará a trilha sonora da série. O compositor é responsável pelas músicas dos dois games da franquia. Para quem já jogou ou leu as resenhas do Cinemaníacos, sabe que a trilha sonora é fator indispensável para a imersão dos gamers na história e vetor importantíssimo para transmitir as emoções existentes na trama. Ou traduzindo em miúdos: sem as músicas de Gustavo Santaolalla não existe “The Last of Us”.
Os Aspectos Técnicos Precisam Ser Priorizados
A série de “The Last of Us” precisa ter como pilares principais o roteiro, que equilibre o terror e o suspense com a grande carga emocional que a história possui; e a trilha sonora, que é o vetor principal para a imersão completa do espectador na trama e nos sentimentos que ela quer transmitir. Mas outros aspectos técnicos também precisam ser priorizados para que a série de “TLoU” seja espetacular como os jogos.
Nenhuma informação sobre orçamento foi divulgada, mas a HBO precisará desembolsar uma boa grana caso queira trazer uma produção televisiva no nível dos games. E acredito que boa parte do orçamento será gasto no CGI e principalmente na maquiagem utilizada para mostrar os infectados. No caso dos corredores (o primeiro estágio de contaminação por Cordyceps) é tranquilo, mas os outros infectados como perseguidores, estaladores e baiacus, exigirão um trabalho muito pesado de maquiagem com tratamento em CGI (isso porque não devemos ter captura de movimentos, devido ao alto custo).
Além disso a fotografia de “The Last of Us” é um atrativo a parte no jogo e que na série também deverá ser tratada com carinho. Locações ao céu aberto e cidades tomadas pela vegetação precisarão encher nosso olhos, tal como acontece no game.
Ator e atriz escalados para interpretar Joel e Ellie
Desde o anúncio de que seria produzida uma série de “The Last of Us”, choveram listas dos sonhos e as intituladas, de forma prepotente, “perfeita” (pefeita para quem?) de atores e atrizes para interpretar os protagonistas: Joel e Ellie.
Aqui começo dizendo quem não quero ver nos papéis principais. “Ain, eu quero ver Hugh Jackman e Dafne Keen como Joel e Ellie!”, foi o que mais se viu, leu e ouviu desde o anúncio da série. Pois, eu não gostaria de ver nenhum dos dois interpretando os protagonistas, pois apesar de serem talentosos, é justamente por eles já terem feito papéis bem parecidos em “Logan”. Acho que seria uma decisão covarde, já que seria a saída mais fácil para agradar a geral. Da mesma forma não quero ver Millie Bobby Brown como Ellie, que além de cair na justificativa que citei acima, não considero a atriz tão talentosa como dizem.
A minha escalação ideal (olha a prepotência, hahahahaha) seria pelos atores que através de captura de movimentos, deram vida a Joe e Ellie nos jogos: Troy Baker e Ashley Johnson. Mas do ponto de vista comercial, não seriam boas escolhas, já que ambos são conhecidos pelos gamers e não pelo público em geral (além do fato de Ashley Johnson estar com 37 anos, e Ellie só ter 14 anos no primeiro título da franquia).
Do ponto de vista comercial, a HBO terá influência nessa questão, já que a série precisa ser assistida tanto para os fãs de “The Last of Us” quanto para quem pouco ou nenhum contato com a história. Logo, acredito que nomes conhecidos serão sondados (independentemente de serem ou não parecidos fisicamente com os personagens). Mas além de famosos, “TLoU” merece que os atores escalados sejam talentosos também.
Levando em conta essas questões, gostaria de ver interpretando Joel começaria por Matthew McConaughey, e apesar da idade (50 anos), o ator é o mais talentoso da minha lista. Outro nome que gosto é Liev Schreiber (52 anos), que apesar de não ter tanto destaque no cinema (você vai lembrar dele como o Dentes de Sabre de “X-Men Origens: Wolverine”), mostrou toda sua aptidão interpretativa em “Ray Donovan”. Eric Bana é outro ator que me agrada bastante além de ter uma certa semelhança física (basta deixar a barba crescer) já demonstrou toda sua competência. E finalmente o nome que vem sendo bastante ventilado na internet: Nikolaj Coster Waldau, o Jaime Lannister de “Game of Thrones”.
No caso da Ellie, a idade da atriz é fator a ser considerado, já que na minha opinião, a HBO vê a possibilidade de grande sucesso comercial o que geraria várias temporadas (Deus me ouça, hahahahaha). Além da idade, a atriz precisa de transmitir uma espécie de pureza que a personagem carrega dentro de si, algo que visualizamos no olhar. Então esses dias, vi uma notícia que a atriz Kaitlyn Dever (23 anos) quer interpretar a personagem. Olhando a atriz, pensei: essa é a minha Ellie!
O que esperar da série de “The Last of Us”?
Nessa resenha fiz um apanhado das principais informações que surgiram a respeito da série de “The Last of Us” desde o anúncio e minhas opiniões. Para encerrar, dou minha opinião sobre o que espero da produção televisiva.
Mais que nomes famosos para interpretar Joel e Ellie, espero uma série que seja mais que uma história de um mundo pós-apocalíptico povoado por infectados raivosos, mas que tenha todo um cuidado e tratamento cinematográfico como o que vemos nos games. Que os alicerces sejam a grande carga dramática que “The Last of Us” possui. Joel e Ellie são personagens complexos e apaixonantes justamente por causas de suas emoções, que são muito bem transmitidas. Se não tiver isso, teremos uma série igual a muitas outras com a mesma temática.
Mas acredito que “The Last of Us” será uma série FODA DEMAIS! A começar pela HBO, que é sinônimo de excelência em tudo o que faz, E pelos nomes envolvidos: Craig Mazin, Neil Druckmann, Gustavo Santaolalla.
E vou além nas minhas expectativas: a HBO vem procurando uma produção que traga todo o furor e os ganhos financeiros que “Game of Thrones” trouxe. “The Last of Us” será essa série! “The Last of Us” será a produção televisiva carro-chefe da HBO!
Encerro essa resenha (uma das mais legais que já fiz até hoje) com um vídeo de “The Last Of Us 2” ao com de “Future Days” (os olhos aqui marejaram, mas é por causa da poeira, hehehehehe).
Obrigado pela recomendação!!! Quero assistir!!