SINOPSE Naru (Amber Midthunder) é uma jovem guerreira desesperada para proteger seu povo do perigo iminente. Criada entre os maiores caçadores que vagavam pelas Grandes Planícies e confiante de que é tão capaz quanto os outros jovens caçadores, ela se propõe a proteger seu povo quando seu acampamento Comanche é ameaçado por uma criatura misteriosa. Ambientado no mundo da Nação Comanche no início de 1700, munida com armas primitivas, Naru persegue e finalmente confronta seu inimigo, que acaba sendo um predador alienígena altamente evoluído, com um arsenal tecnologicamente avançado, resultando em um confronto brutal e aterrorizante entre os adversários.

Em 1987 nascia uma das franquias mais amadas pelos aficcionados de ação e ficção científica. Estrelado por Arnold Schwarzenegger, “Predador” trazia uma ameaça alienígena diferente do que estávamos acostumados a ver. 

A criatura vinda do espaço possuía uma inteligência ímpar e era um caçador nato. O sucesso foi imediato e “Predador” logo se tornaria uma das franquias mais lucrativas da extinta Fox.

Tendo como característica mais marcante, sua tecnologia de camuflagem que o tornava prática invisível, o Predador apareceu em games, livros e quadrinhos (inclusive enfrentando o Batman e recentemente caçando o Wolverine). Mas depois do segundo filme, a franquia tomou rumos parecidos com “Alien”, desagradando os fãs e relegando “Predador” para os cantos de Hollywood.

Após a aquisição da Fox pela Disney (ou como gosto de dizer: o Rato matou a Raposa), “Predador” ganhou uma nova chance. Porém, com receio da recepção e um possível prejuízo financeiro (muito devido a “O Predador”, de 2018; e que será a única vez que comentarei sobre esse lixo), o Mickey resolveu lançar o novo filme da franquia na plataforma de streaming da Hulu, mesmo o diretor Dan Trachtenberg declarando que a ideia era lança-lo nos cinemas.

“Predador: A Caçada” mantém, de certa forma, a tradição de mostrar um palco novo para os embates entre humanos e predadores: no filme de 1984 fomos a uma floresta tropical, em “Predador 2” exploramos a cidade de Los Angele e em “Predadores” fomos abduzidos para outro planeta. Agora voltamos 300 anos e estamos nos territórios da nação comanche.

Porém, ao contrário dos outros filmes, “Predador: A Caçada” de aprofunda um pouco mais na cultura dos comanches. Foi interessante ver os minutos iniciais do longa-metragem, pois a sensação que tive era de estar vendo um drama histórico.

Naru, é uma adolescente comanche que quer se provar como guerreira.  Gosto muito do desenvolvimento da protagonista, que mostra sua luta para romper com o destino das mulheres em sua tribo, sem ser forçado ou piegas demais.

Aliás, todos os personagens são bem desenvolvidos e possuem sua relevância para a narrativa do filme. Taabe (Dakota Beavers) é o guerreiro mais badalado da tribo e o único que reconhece o valor e as habilidades de sua irmã mais nova, Naru. Temos também a turminha de adolescentes comanches que se acham e desprezam Naru por querer ser uma guerreira como eles. E não podemos esquecer o grupo de caçadores brancos que servem como antagonistas no longa-metragem.

E com um grupo de personagens bem desenvolvidos, as caçadas empreendidas pelo caçador alienígena de “Predador: A Caçada” ganham uma importância maior, seja pela morte de alguém que passamos a gostar, seja pela felicidade por algum lazarento ir para a terra dos pés juntos.

Outro ponto que gostei bastante é a transição que “Predador: A Caçada” faz. Como disse, começamos vendo um filme que se caracteriza com uma drama histórico, mostrando a cultura de uma tribo comanche, com alguns relances breves do Predador. Então, no meio do segundo terço do longa-metragem a mudança no tom narrativo acontece em definitivo, quando vemos o caçador alienígena enfrentando um urso, em um dos melhores combates, se não for o melhor, de todos os tempos da franquia.

Agora o que dizer da estrela do filme? O caçador alienígena de “Predador: A Caçada” é um dos mais brutais da franquia. Fiquei com sensação de que esse predador sente um verdadeiro prazer em caçar e matar suas presas. E quanto maior o desafio, mais feliz a criatura ficava.

Ao contrário dos outros filmes, que tivemos o uso pesado de maquiagem, CGI e vestimentas; em “Predador: A Caçada” onde mais vemos esses elementos técnicos é na face e na máscara, que aliás, são um dos mais diferentes e legais que já vi em um predador. Aliado ao visual, o porte físico do ator Dane DiLiegro, com seus 2,03 m e 111 kg dão uma imponência natural e assustadora ao caçador alienígena.

Clique aqui e veja um pouco como o Predador foi concebido.

“Predador: A Caçada”, se minhas pesquisas na internet foram corretas, foi o filme mais caro da franquia, com um orçamento estimado em US$ 65 milhões. E se esse longa-metragem tivesse sido lançado no cinema, como era o plano original, com certeza teria trazido um retorno financeiro interessante.

Mas com a boa recepção da crítica e a grande visualização do filme na plataforma de streaming da Hulu, uma sequência deve vir muito em breve e dessa vez para passar no cinema, já que o final de “Predador: A Caçada” deixa em aberto para uma trama maior e mais ambiciosa, afinal se um predador caça muita gente, vários predadores…

O sucesso de “Predador: A Caçada” foi tão grande, que a franquia “Alien” vai seguir o mesmo caminho, com um novo filme do xenomorfo, dirigido por Fede Alvarez (“Evil Dead”), sendo produzido para ser exibido na Hulu.

Dito tudo isso, só posso terminar essa resenha dizendo que vale muito a pena assistir”Predador: A Caçada”!

Ficha Técnica:

Título Original: Prey

Título no Brasil: O Predador: A Caçada

Gênero: Aventura Histórica

Duração: 99 minutos

Diretor: Dan Trachtenberg

Produção: John Davis, Jhane Myers, Marty P. Ewing

Roteiro: Patrick Aison, Dan Trachtenberg

Elenco: Amber Midthunder, Dakota Beavers, Dane DiLiegro, Michelle Thrush, Stormee Kipp, Julian Black Antelope, Bennett Taylor, Troy Mundle,

Companhias Produtoras: 20th Century Studios, Davis Entertainment, Lawrence Gordon Productions

Distribuição: Star+

Please follow and like us:

Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *