SINOPSE: Após a morte do ator de T’Challa (Chadwick Boseman), Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada de outros países. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente, a família e amigos do falecido rei precisam se unir com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong’o), integrante dos Cães de Guerra, e Everett Ross (Martin Freeman contra a uma nova ameaça: a nação submersa de Talokan, e seu rei Namor (Tenoch Huerta).

A fase 4 da Marvel foi bem morna em relação às anteriores, mas um filme específico foi muito aguardado pelos marvetes e os que acompanham o MCU: “Pantera Negra: Wakanda Forever” (é mais bonito que “Para Sempre”). E esse hype se deu pela morte de Chadwick Boseman. A grande dúvida foi: como a história seria conduzida sem o ator que interpreta o super-herói?

O início do filme mostra Wakanda velando seu rei e protetor, resolvendo o problema da morte do ator ao mesmo tempo que  faz uma belíssima homenagem ao carismático Chadwick Boseman em uma sequência bem conduzida, bela e emocionante. A mesma sequência do enterro de T’Challa serve para mostrar que “Pantera Negra: Wakanda Forever” iria se aprofundar na cultura desse país fictício da Marvel.

A cultura e a sociedade de Wakanda foi o ponto alto no primeiro filme e continua sendo nessa sequência. Vestuário, idioma, costumes; a cultura da cidade mais poderosa da Terra é fantástica e mostra toda a inventividade e dedicação das cabeças pensantes dessa franquia. Mais que falar desse aspecto, sugiro assistir o longa-metragem para entender o quanto fiquei encantado com esse aspecto cultural e social de Wakanda.

Outro ponto interessante é vermos a relação entre Wakanda e os demais países do mundo, que veem na morte do Pantera Negra uma oportunidade de se apossarem do vibranium existente na fictícia nação afriaca e dessa forma equilibrar ou até assumir o posto de país mais poderoso do mundo.

Enquanto os países do mundo tentam roubar o vibranium existente nas fronteiras de Wakanda, eles também buscam ao redor do planeta por fontes desse minério, resultando na revelação da nação submarina de Talocan e de seu rei, o mutante Namor.

Aqui é preciso sinalizar alguns pontos interessantes. Primeiro, a mudança da nação da qual Namor é o soberano. Nos quadrinhos ele é regente de Atlântida, àquela mesma das lendas. Porém Kevin Feige e Ryan Coogler decidiram que o antagonista do filme teria conexão com o panteão asteca. Isso porque o regente de Talocan é conhecido como Quetzalcoatl. Em vários momentos do filme Namor é chamado de Kukulkan, outro nome do deus serpente emplumado.

Outra curiosidade sobre Namor no filme é que ele é um mutante, como nos quadrinhos e dessa forma vemos Kevin Feige pavimentando a chegada dos X-Men no MCU (vale lembrar que Kamala Khan da série “Ms. Marvel” também possui o gene X).

Ao contrário do que disseram sobre Killmonger, vilão do primeiro filme, Namor é uma ameaça verdadeira. Com seus poderes, o soberano de Talocan, juntamente com seu exército, faz Wakanda cortar um dobrado.

Porém, com a ausência de Chadwick Boseman, o grande confronto entre o protetor de Wakanda e Namor perde um pouco o impacto, pois no lugar de T’Challa, é Shuri quem assume o manto do Pantera Negra.

E o problema aqui não é a escolha de Shuri para ser o novo Pantera Negra, já que nos quadrinhos essa passagem de manto aconteceu; mas porque Chadwick Boseman é o Pantera Negra, assim como Robert Downey Jr. é o Homem de Ferro e Hugh Jackman é o Wolverine. Então por mais que toda a sequência de luta entre a nova Pantera Negra e Namor seja muito bem conduzida e legal, senti a ausência de Boseman.

O elenco de “Pantera Negra: Wakanda Forever” é muito bom, com destaque para Letitia Wright (Shuri), a incrível Lupita Nyong’o (Nakia) e Danai Gurira (Okoye), sendo essa última atriz, a que mais cresceu em termos profissionais, sendo essa sua melhor interpretação da carreira até o momento.

Na primeira versão dessa resenha nem ia comentar sobre essa personagem, mas resolvi fazer uma breve menção, mais pelo futuro que ela terá no MCU do que sua real importância para o filme. Riri Williams é uma adolescente prodígio que cria um detector de vibranium para o governo estadunidense. Isso a coloca como alvo de Namor, que exige que ela seja entregue è ele para que possa responder por seus “crimes” contra Talocan.

Na minha opinião, essa foi um forma de apresenta-la pois logo descobrimos que ela montou uma armadura com partes encontradas da armadura de um tal Tony Stark. Riri Williams é a Coração de Ferro, personagem dos quadrinhos que assume por um tempo o posto de Homem de Ferro, e que ganhará uma minissérie própria que será exibida pela Disney+.

Como a personagem não é conhecida mais por quem acompanhas as histórias em quadrinhos do Homem de Ferro, faz sentido incluí-la em um filme como “Pantera Negra: Wakanda Forever” para que quem é fã do MCU fique curioso.

Agora é preciso falar do ponto mais positivo de “Pantera Negra: Wakanda Forever”, que atende pelo nome de Angela Bassett. A atriz simplesmente destrói tudo com sua atuação incrível, transformando sua Rainha Ramonda na personagem mais poderosa e majestosa do filme. Vê-la em cena é incrível!

A Marvel Studios que ganhou com primeiro filme, 3 Oscars (Melhor Figurino, Design de Produção e Trilha Sonora Original), inscreveu “Pantera Negra: Wakanda Forever” para várias categorias da maior premiação do cinema e muitos acreditavam que Angela Bassett seria inscrita para a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, devido aos constantes elogios à sua atuação.

Porém “Wakanda Forever” se tornou finalista em cinco categorias da cerimônia de 2023, sendo Melhores Efeitos Especiais, Maquiagem e Penteado, Trilha Sonora Original, Som e Canção Original (para “Lift Me Up” de Rihanna). Mas independentemente da atriz ter sido inscrita e não ter sido indicada para as finalista da categoria, fica aqui meus aplausos para sua incrível performance.

Um adendo muito importante: a trilha sonora de “Pantera Negra: Wakanda Forever” é muito legal e combina perfeitamente com a narrativa do filme. Tanto é necessário um parágrafo à parte para esse elemento do filme, que a Academia a elegeu como finalista para concorrer a categoria de Trilha Sonora Original.

A fase 4 da Marvel é marcada por filmes medianos e em sua maioria galhofeiros, destacando-se como produções acima da média “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e “Pantera Negra: Wakanda Forever “.

Mas enquanto o longa-metragem do Cabeça de Teia é um dos fã services mais bem feitos do cinema e a sequência do ex-Mago Supremo é grandioso e recheado de surpresas, o segundo filme do protetor de Wakanda é bem equilibrado em todos os aspectos técnicos (e sem apelar para o humor característico da fórmula Marvel), o tornando a melhor produção da fase 4 do MCU.

Dito tudo isso, só posso encerrar essa resenha dizendo que vale a pena assistir “Pantera Negra: Wakanda Forever!”

Ficha Técnica:

Título Original: Black Panther: Wakanda Forever

Título no Brasil: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Gênero: Super-Herói

Duração: 161 minutos

Diretor: Ryan Coogler

Produção: Kevin Feige, Nate Moore

Roteiro: Ryan Coogler, Joe Robert Cole

Elenco: Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Winston Duke, Florence Kasumba, Dominique Thorne, Michaela Coel, Tenoch Huerta Mejía, Martin Freeman, Julia Louis-Dreyfus, Angela Bassett, Michael B. Jordan

Companhias Produtoras: Marvel Studios

Distribuição: Walt Disney Studios

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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