X-Men: Dinastia X e Potências de X
Jonathan Hickman (Roteiro), Pepe Larraz (Arte) e R.B. Silva (Arte)

SINOPSE: Começa aqui a espetacular saga mutante do roteirista Jonathan Hickman, que já se tornou um dos momentos históricos na trajetória dos mutantes da Casa das Ideias! Charles Xavier lidera os mutantes para uma era de poder e segurança. Mas o novo sonho do fundador dos X-Men, que está mudando tudo a partir da ilha de Krakoa, é novamente encarado como uma ameaça pelos humanos. Enquanto isso no futuro, os últimos dos mutantes lutam pela sobrevivência. E ainda: a verdade sobre Moira MacTaggert é revelada.

Desde seu anúncio em 2019, quis ler essa revolução que Jonathan Hickman fez com os Filhos do Átomo. Acompanhei as confusas resenhas lançadas aqui no Brasil dos volumes de “Dinastia X” e “Potências de X” (algo que não gosto de fazer), mas mesmo sabendo por cima o que aconteceria nessas duas histórias coirmãs, quando li as edições lançadas pela Panini, fiquei muito empolgado, como há tempos não ficava lendo uma saga dos X-Men.

Quando disse que lia as resenhas confusas de sites brasileiros especializados em quadrinhos, é porque a quantidade de informações nas páginas de “Dinastia X” e “Potências de X” é absurda. E engana-se quem pensa que essa informações são encheção de linguiça. Em formas de dossiês e documentos técnicos, Jonathan Hickman dá um ar de realismo como nunca visto antes nas histórias dos X-Men.

Além disso, esses documentos relatam, no seu devido tempo, o que está acontecendo nas duas histórias. O surgimento de Nimrod? Explicado. As drogas krakoanas para serem utilizadas pelos humanos? Explicado. As várias e complexas IAs no universo? Explicado. Jonathan Hickman expõe os fatos em “Dinastia X” e “Potências de X” mas mostra que tudo é embasado, fazendo uma clara analogia a Albert Einstein: “Nada é ao acaso”.

E nessas várias explicações, o autor de “Dinastia X” e “Potências de X” resolve pôr ordem na casa e dizer o que é um mutante nível ômega e quem são. Ao longo dos anos, foram surgindo dezenas, centenas de mutantes desse nível, o que gerava muita confusão. Jonathan Hickman reescreve tudo isso e dita que entre os homo superiores, até o momento, existem apenas 14 mutantes ômega. E para mostrar que não está para brincadeira, determina que Charles Xavier é um mutante nível alfa, abaixo de Jean Grey, uma mutante nível ômega (mostrando que a ruiva é poderosa mesmo sem a Força Fênix).

Agora vamos falar do enredo das duas histórias apresentadas por Jonathan Hickman.

Em “Dinastia X” acompanhamos Charles Xavier, juntamente com Magneto, criando a nação de Krakoa: um país onde os mutantes podem chamar de lar e finalmente parar de temer as represálias humanas. Para isso, o Professor X propõe que todas as nações que aceitarem a soberania de Krakoa, receberam remédios que prolongam a vida dos homens, antibióticos que se adaptam a qualquer tipo de enfermidade e que combatem doenças mentais. Esses países serão reconhecidos como aliados, e os que recusarem, bem, que aceitem as consequências.

Essas consequência, que soam como ameaças, vêem de finalmente Charles Xavier falar abertamente ao resto do mundo que o portadores do gene X são os herdeiros evolutivos do planeta. Ou seja: o homo sapiens se não quiser ser extinto, que tratem como respeito e com o reconhecimento merecido o homo superior.

Hickman dá um passo além nessa relação conturbada entre o mais e menos apto da raça humana, ao criar toda uma sociedade mutante, com leis, regras e uma língua própria. O que vemos em “Dinastia X” é o surgimento sócio-político do homo superior.

Já em “Potências de X” acompanhamos Moira MacTaggert (ou Moira Kinross) ao longo de suas 10 vidas. Isso mesmo, Jonathan Hickman transforma Moira em uma mutante, talvez a mais importante da história dos Filhos do Átomo.

Moira é uma mutante com um poder peculiar: ao morrer, ela renasce, desde que adquire consciência no útero, com as memórias de toda sua vida pregressa. Então ao longo de dez vidas, vemos Moira tentando desesperadamente evitar a extinção do homo superior. Quando digo desesperadamente, é porque ela tenta todas as vias possíveis, desde a criação de uma cura mutante, até se aliar a Magneto e Apocalipse em uma guerra contra os Sentinelas

“Potências de X” segue algumas linhas narrativas. X0 mostra o começo dos planos para a criação da nação mutante; X1 mostra momentos antes da consolidação perante o mundo de Krakoa, X2 mostra a guerra entre os últimos mutantes liderados por Apocalipse contra Nimrod, e X3 mostra os planos das máquinas após terem exterminados homo sapiens e homo superiores.

Jonathan Hickman em “Potências de X” faz três grandes revelações. A primeira é mostrar que Nimrod e os Sentinelas finalmente entendem que tanto homens e mutantes são a mesma espécie e precisam ser exterminadas. A segunda revelação é mostrar que as máquinas após terem cumprido sua missão, têm planos de evolução que ameaçam toda forma de vida na Terra. E finalmente, que ao longo de suas 10 vidas, Moira percebe que o destino dos mutantes é somente um.

Agora falando um pouco dos responsáveis por trazer “Dinastia X” e “Potências de X”.

Jonathan Hickman é um dos escritores de quadrinhos mais conhecidos e aclamados dos últimos tempos. Autor de trabalhos incríveis como “Projeto Manhattan” e “East Of West”, ficou famoso por “Guerras Secretas” de 2015, Ao manter toda a megalomania da mega saga Marvel de 1984 (que é bom pra carai), Hickman incluiu conteúdo e densidade, dando à sequência / reboot do primeiro crossover dos quadrinhos o status de uma das melhores histórias de HQs já escritas.

elogiar tanto as edições brasileiras, como a decisão de lançar os volumes de “Dinastia x” e “Potências de X” intercaladas em 4 volumes aqui no Brasil, pois além de aliviar o nosso bolso, tornam o entendimento da história contada por Hickman muito fácil.

Mais que ficar falando, prefiro dizer que leiam “Dinastia X” e “Potências de X”, pois o que Jonathan Hickman, Pepe Larraz e R.B. Silva fizeram, cravam essas duas histórias nos anais dos X-Men como uma das MELHORES DE TODOS OS TEMPOS. E sendo blasfemo (ou não), “Dinasita X” e “Potências de X” está acima da “Saga de Fênix” e “Dias de Um Futuro Esquecido”, por pavimentar o futuro muito promissor dos Filhos dos Átomos por muitos e muitos anos.

Em toda resenha de quadrinhos, sempre repito essa afirmação: de nada adianta um bom roteiro sem uma arte à altura, e “Dinastia X” e “Potências de X” estão muito bem representados com os artistas Pepe Larraz e R.B. Silva. O que esses dois desenhistas fazem é interpretar todas as nuances de Hickman, dando um dinamismo, seja nas cenas que envolvem personagens, como nos relatórios e textos técnicos apresentados.

Melhor que falar , é ver a arte de Pepe Larraz e R.B. Silva. Mas definindo em uma expressão: o que vemos nas páginas de “Dinastia X” e “Potências de X” é FODA DEMAIS!

E finalmente é preciso elogiar tanto as edições brasileiras, como a decisão de lançar os volumes de “Dinastia x” e “Potências de X” intercaladas em 4 volumes aqui no Brasil, pois além de aliviar o nosso bolso, tornam o entendimento da história contada por Hickman muito fácil.

Mais que ficar falando, prefiro dizer que leiam “Dinastia X” e “Potências de X”, pois o que Jonathan Hickman, Pepe Larraz e R.B. Silva fizeram, cravam essas duas histórias nos anais dos X-Men como uma das MELHORES DE TODOS OS TEMPOS. E sendo blasfemo (ou não), “Dinasita X” e “Potências de X” está acima da “Saga de Fênix” e “Dias de Um Futuro Esquecido”, por pavimentar o futuro muito promissor dos Filhos dos Átomos por muitos e muitos anos.

Um parênteses: quando digo pavimentar o futuro dos X-Men nos quadrinhos, é porque Hickman lançou e lança ganchos para histórias futuras, como “X de Espadas” (tradução livre) que está sendo publicado esse ano, mas foi citado nas primeiras edições de “Dinastia X”.

Acho que disse isso logo no começo, mas é bom repetir para encerrar essa resenha: “Dinastia X” e “Potências de X” de Jonathan Hickman é BOM DEMAIS!

Ficha Técnica

Título Original: House of X / Powers of X

Título no Brasil: X-Men

Autor: Jonathan Hickman

Desenhistas: Pepe Larraz e R.B. Silva

Capa: Cartão

Número de páginas: 448 (4 edições)

Editora: Panini

Idioma: Português

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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