No dia 13 de setembro de 2005 ia ao ar o primeiro episódio da jornada dos irmãos Winchester. Uma jornada que durou 15 temporadas que totalizam 325 episódios. No dia 19 de novembro de 2020, “Supernatural”, uma das séries mais longevas e populares da TV mundial, chegava ao fim.

Lembro que a primeira vez que assisti “Supernatural”, foi em 2006 no SBT, que passava após as 23 horas. E apesar de ser mais uma produção televisiva no formato que os estadunidenses tanto amam: o “caso da semana” (nesse caso, o “monstro da semana”), a série chamou a minha atenção.

A história de “Supernatural” é simples: dois irmãos se unem para encontrar o pai que não retornou de uma caçada incomum: criaturas que só eram para existir na nossa imaginação e nos nossos pesadelos. Essa caçada nada ortodoxa é o lema dos Winchesters: “Salvar pessoas, caçar coisas. O negócio da família.”

Mas se é somente uma série que traz o “monstro da semana”, por que então “Supernatural” cultivou uma legião fanática de fãs, chamados de “hunters”, e manteve mesmo nos piores momentos narrativos (que são muitos), uma audiência considerável e estável a ponto de se manter no ar por 15 temporadas?

O principal pilar do sucesso de “Supernatural” atende pelos nomes de Sam e Dean Winchester, interpretados por Jared Padalecki e Jensen Ackles respectivamente. Tão diferentes em suas personalidades, esses irmãos, mesmo entre tapas e beijos, sempre se permaneceram leais um ao outro, pois o que vemos entre esses irmãos é o verdadeiro sentimento de amizade, que transcende os laços de sangue.

Mas além disso, as personalidades distintas dos irmãos Winchesters englobam uma gama gigantesca de pessoas, o que facilita a identificação com os personagens. Sam é o certinho e o nerd enquanto Dean é o vida loka da dupla. Sam não come carne enquanto Dean adora hambúrgueres gordurosos e tortas. Sam houve new age em CDs enquanto Dean houve rock roll dos anos 1970 em fitas cassetes. Ou seja, Sam e Dean são totalmente opostos em seus jeitos, mas isso não impede que um não ame o outro a ponto de cruzar fronteiras que não deveriam ser cruzadas. E se isso não é suficiente para tornar esses personagens carismáticos, não sei mais o que poderia ser.

Mas além dos irmãos Winchester, “Supernatural” apresentou ao longo de 15 temporadas, uma porrada de personagens carismáticos que se tornaram inesquecíveis. Castiel (Misha Collins), Crowley (Mark Sheppard), Rowena (Ruth Connell), John Winchester (Jeffrey Dean Morgan), Lúcifer (Mark Pellegrino), Bob (Jim Beaver), a Morte (Julian Richings), Azazel (Fredric Lehne), Meg (Nicki Aycox), Ruby (Genevieve Cortese), Kevin Tran (Osric Chau), Garth (DJ Qualls), Chuck (Rob Benedict) etc. Foram tantos personagens tão bem construídos, independentemente de o momento narrativo ser bom ou ruim, que muitos deixaram de ser recorrentes para serem fixos, enquanto outros sempre voltavam dos mortos (algo comum em “Supernatural”), para fazer uma aparição que deixava os fãs e espectadores empolgados.

Achou que esquecemos de alguém? Claro que não. É óbvio que o “Baby” precisa ser mencionado. O Impala 1967 que Dean dirige, se tornou um personagem próprio dentro de “Supernatural”. Uma curiosidade é que Eric Kripke, criador da série, queria um Mustang 1965, mas foi convencido pelo seu vizinho a utilizar um Impala 1967, que disse: “Você não pode colocar um cadáver no porta-malas.”, e porque “Precisava de um carro que, quando para num sinal, faça as pessoas trancar as portas.”

Após esse “geralzão” sobre a série, o Cinemaníacos vai falar um pouco dessa jornada de “Supernatural” ao longo de 15 temporadas.

Supernatural – 1ª Temporada: O Começo Promissor

Em 1983, a família Winchester é atacada por um demônio, causando a morte de Mary, mãe de Sam e Dean e desencadeando o início de uma série de eventos. 22 anos depois, Dean vai atrás de Sam, para localizar John Winchester, pai deles, que está desaparecido. Sam, reticente em voltar a uma vida que não deseja, acompanha seu irmão mais velho na caçada a Mulher de Branco. Iniciava-se assim, “Supernatural”.

A primeira temporada de “Supernatural” tinha um tom extremamente sombrio, o que fica bem evidente na fotografia e iluminação, sempre se passando em locais escuros ou a noite. Uma coisa que me chamou atenção, é que esse primeiro ano da série possui uma espécie de imagem granulada, dando um aspecto de filmagem antiga. Lembro desse detalhe ao ter assistido no SBT e recentemente na Amazon Prime Video. Isso contribuiu muito para me dar a sensação de uma história assustadora.

Com diálogos professorais, Sam e Dean explicando características de monstros ou narrando sobre lendas urbanas. Essa caçada por todos os EUA ocupa quase toda a primeira metade da primeira temporada.

É somente na segunda metade da primeira temporada que “Supernatural” começa a explorar mais a trama principal, ao ficarmos sabendo que o demônio de olhos amarelos estava atrás de Sam. Os demônios que estão na Terra querem concretizar um plano de dominação do planeta e destruição da raça humana. Os residentes do inferno são seres de extremo poder que até mesmo os Winchesters temem enfrentar, sendo o Colt , a única coisa que pode matá-los (aliás é uma arma capaz de matar qualquer criatura, menos três seres no Universo).

Uma das qualidades da primeira temporada, é que apesar da família Winchester fazer da caça e morte de criaturas sobrenaturais o trabalho da família, eles sempre as enfrentam com um certo receio, por serem mais fortes que humanos e muito perigosos, o que dá um senso de perigo. E se a parada são os demônios, até mesmo Sam e Dean tremem na base, pois eles estão no topo da pirâmide de criaturas sobrenaturais. Um conselho, dado por John Winchester: “Se ver um demônio na sua frente, corra.”

A primeira temporada apresenta dois bons antagonistas: Meg e seu pai, Azazel, o demônio de olhos amarelos.

Supernatural – 2ª Temporada: Sucesso Consolidado

Na segunda temporada acabamos por conhecer o plano de Azazel. Seu objetivo é criar um general dentre pessoas paranormais para liderar um exército de demônios, sendo Sam um potencial candidato. E dessa forma, ficamos sabendo o motivo de Azazel estar na casa dos Winchester em 1983.

Nos episódios finais da segunda temporada Sam acaba sendo morto, forçando Dean a fazer um pacto com um demônio da encruzilhada para ressuscitá-lo. Então os irmãos partem para o confronto final contra Azazel, que consegue abrir uma entrada para o Inferno na Terra, libertando um exército de demônios.

A qualidade da imagem da segunda temporada melhora bastante, e acredito que isso se deva a um investimento maior da Warner na série. Outro ponto a ser destacado, é que as cenas e sequências não estão mais tão escuras, mas a violência continua bastante gráfica.

Supernatural – 3ª e 4ª Temporadas: A Trama Ganha Contornos Grandiosos

Com a abertura da porta do Inferno na Terra, um exército de seres infernais foge. Entre eles. está Lilith, o primeiro demônio a ser criado por Lúcifer. Dean passa a correr contra o tempo, já que para ressuscitar Sam, precisou vender sua alma e assim tem somente um ano de vida.

A medida que a terceira temporada avança, ouvimos pela primeira vez o nome de Lúcifer. Logo a trama de “Supernatural” começa a ganhar ares apocalípticos e percebemos que o plano de Azazel são muito maiores, e que tanto Sam como Dean são peças fundamentais para uma guerra de proporções bíblicas.

O final da terceira temporada mostra a morte de Dean e uma visão assustadora do Inferno, onde vemos o primogênito dos Winchesters perfurados por correntes em meio a um ambiente cheio de gritos de dor e desespero.

Na quarta temporada somos apresentados a Castiel, um anjo do Senhor, que tirou Dean do Inferno, para que ele possa impedir o plano de Lilith de libertar Lúcifer. Essas criaturas celestiais são desconhecidas por todos, inclusive por demônios. Uma vez na Terra, todos passam a temê-los devido aos seus poderes inigualáveis e seu extremo desprezo pelos homens e demônios.

Apesar da recusa inicial de Erik Kripke em adicionar os anjos na trama de “Supernatural”, foi com a entrada dos seres celestiais que a série finalmente assumiu seu tom apocalíptico.

Um destaque em particular é que a quarta temporada tem um episódio, que é considerado por muitos, o melhor de toda a série, onde temos Dean sofrendo de uma maldição que o torna um medroso, o que rende a cena mais engraçada de “Supernatural” ao longo de seus 15 anos. Além desse momento cômico, temos também Jensen Ackles cantando e interpretando “Eye Of The Tiger”.

Supernatural – 5ª Temporada: O Final Perfeito

A quinta temporada seria de acordo com Eric Kripke, o final de “Supernatural”. E quando acompanhamos toda a jornada dos irmãos Winchester até este momento, percebemos que todo o roteiro foi muito bem construído para o desfecho apresentado no quinto ano.

Todo o plano de Azazel e dos anjos, a libertação de Dean do Inferno, o porquê de Sam ter seus poderes ampliados quando bebe sangue de demônio. Tudo isso e muito mais se resume a este fato: Sam é o receptáculo de Lúcifer e Dean o de Miguel. Em uma clara referência a Caim e Abel, os irmãos devem dizer sim aos arcanjos para que eles possam lutar pelo controle do Universo.

A série até o presente momento, balanceou muito bem o protagonismo entre Sam e Dean, onde cada um teve seus momentos de predominância na trama de “Supernatural”. E esse equilíbrio torna o confronto entre os irmãos uma escolha difícil para os espectadores, afinal por quem torcer?

Além dessa trama que envolve uma luta de vida e morte entre irmãos que se amam mais que tudo, momentos realmente épicos, sendo o maior de toda a temporada (e talvez de toda a série), a apresentação da Morte, até então, um Cavaleiro do Apocalipse. Além da sequência dessa entidade primordial andando pelas ruas, que é de arrepiar; temos um dos diálogos mais sensacionais de “Supernatural”, entre o “Ceifador de Tudo” e Dean.

Em um desfecho emocionante, a quinta temporada encerrava com chave de ouro a história dos irmãos Winchesters. Um final agridoce, onde mesmo vitoriosos, Sam e Dean tem mais lágrimas para colher do que sorrisos.

Supernatural – 6ª Temporada: Um Novo Começo Interessante

“Supernatural” deveria ter acabado na quinta temporada, mas devido ao enorme sucesso de audiência, de crítica, e claro, financeiro, a Warner pediu mais e mais temporadas. Dessa forma, uma história tão bem escrita, tão bem amarrada, precisou ser esticada. Com isso, fatos de grande impacto como o sacrifício de Sam no final do quinto ano ou as mortes dos irmãos nos primeiros anos perderam a força, devido a excessivas ressureições e uma espécie de invencibilidade por parte dos Winchesters, uma vez que agora eles surram com imensa facilidade anjos e demônios, seres que simplesmente os matariam só com o peido.

A sexta temporada ainda mantém um boa qualidade narrativa e com um plot bastante interessante: uma vez que Deus desapareceu há muito tempo, e com Miguel e Lúcifer presos na jaula, quem comandará o Universo. De um lado temos Rafael e do outro Castiel, que não é páreo para o arcanjo restante. A saída encontrada por Cass, é se unir a Crowley para encontrar o Purgatório, e absorver as almas do monstros mortos, e assim se tornar o novo Deus. Apesar da ideia interessante, o sexto ano tem uma falha gigantesca de continuidade, pois como Castiel conseguiu tirar o corpo de Sam (mesmo sem alma) da jaula, se nem mesmo Lúcifer e Miguel tem forças para escapar?

Supernatural – A partir da 7ª Temporada: O Declínio

Da sétima até a décima quarta temporada, temos um sucessão de fãs services e histórias mal ajambradas. Mesmo a apresentação de Amara (Emily Swallow), a personificação da Escuridão e irmã de Deus, não salva a décima primeira temporada de uma história insossa e escritas com a barriga.

Mas a sétima temporada supera todas as demais em ruindade. Com uma ideia bastante inteligente, conhecemos os leviatãs, os primeiros monstros criados por Deus, e que possuem uma fome incontrolável. O plano deles: tornar os humanos em vacas e nos criar em currais para sermos consumidos. Mas a única coisa que você acompanha em mais de vinte episódios é Dick Roman (James Patrick Stuart) um vilão master que mais parece um galã de filme pornô daqueles que passavam no Cine Privê.

Supernatural: A série dos Finais de Temporadas Instigantes

Agora, é preciso elogiar e muito “Supernatural” por causa dos seus desfechos de temporada. Todos, sem exceção, criam um senso de “Eita porra!” nos espectadores que nos faz querer assistir outra temporada lixo para ver o que vai acontecer.

A libertação de Lúcifer, Castiel de declarando o novo Deus, os anjos caindo do Céu, o surgimento de Amara, Chuck dizendo “Então é isso. Bem-vindos ao fim!”. Esses são alguns exemplos de final de temporada que criavam em mim o misto de querer saber o que ia acontecer e não querer mais assistir “Supernatural”.

Supernatural – 15ªTemporada: Bem-Vindos ao Fim

Várias vezes os produtores disseram que “Supernatural” só acabaria quando Jared Padalecki e Jensen Ackles não quisessem mais fazer a série. Então no final de 2019, os atores informaram que estavam se despedindo de Sam e Dean Winchester. Mas é claro essa decisão também foi tomada pela Warner que deve ter percebido que mesmo que considerável, a audiência caía ano após ano.

A décima quinta temporada de “Supernatural” apresenta Deus como o antagonista dos Winchesters. Logo ficamos sabendo que tudo que aconteceu com Sam e Dean, desde o primeiro episódio do primeiro ano, foi manipulado ao bel prazer de Chuck.

Em um ato de rebeldia, Dean se recusa a matar Jack e Sam dá um tiro em Deus. Enfurecido Ele estala os dedos, abrindo os portões do Inferno e dizendo uma frase que já se tornou clássica tanto na série como na TV mundial: “Bem-vindos ao fim!”.

A series finale tinha tudo para ser a mais foda de todas, afinal temos Deus como o maior vilão de toda a série. Correto? Nananinanão, errado! A última temporada de “Supernatural” é tão decepcionante quanto as demais que vieram após o sexto ano.

Entendo a decisão dos produtores de fazer vários fãs services mostrando cenas de episódios passados e trazendo personagens queridos e muito pedidos pelos espectadores, como Lúcifer, interpretado por Mark Pellegrino, e Adam (Jake Abel) que se tornou o receptáculo de Miguel e nunca mais apareceu na série após o desfecho da quinta temporada.

Mas o problema é que ao longo de exaustivos vinte episódios, o que vemos é um excesso de episódios procedurais, que encurtam o tempo para mostrar e desenvolver a trama principal: a batalha de Sam e Dean contra Deus. Fácil, fácil, você pode assistir o último episódio da décima quarta temporada e depois pular para os três últimos capítulos da series finale. Pois são somente nesses episódios que vemos realmente aquilo que interessa.

A temporada final traz boas ideias, mas que são mal desenvolvidas ou resolvidas de forma bastante questionável. Um exemplo é Billie (Lisa Berry), a nova Morte, que com ajuda do Vazio, ajuda os irmãos Winchesters a derrotar Deus. Mas essa Morte, com a capacidade de matar apenas com o pensamento, não passa de mais um monstro chinfrim que é eliminada de uma forma bem pífia. O próprio Jack, que é a arma contra Deus, se torna  um deus ex-machina ao longo do último ano: primeiro ele deve se tornar uma bomba cósmica e depois vira um aspirador de forças elementares. Cômodo não?

O que mais me chateia é que a fórmula para fazer um desfecho digno da ameaça que Deus representa já estava pronta, bastava olhar para a quinta temporada: grandiosa e eloquente conseguimos sentir o tamanho do perigo que era um confronto entre Miguel e Lúcifer. Bastava os produtores pegarem o que foi feito no quinto ano e focarem mais na trama principal que teríamos um final de série sensacional. Mas infelizmente, o resultado é do mesmo nível insosso e decepcionante que “Supernatural” vinha apresentando a algum tempo.

Supernatural – Veredicto

“Supernatural” padeceu do imenso sucesso feito nas primeiras temporadas e da legião fiel de fãs que criou. Por causa desses dois fatores, a Warner esticou, esticou e esticou a série enquanto pôde, tornando uma história muito boa no início em algo “assistível” somente.

Eu mesmo sou responsável por esse curso que “Supernatural” tomou, pois mesmo ficando aborrecido e até irritado com a sucessão de episódios e temporadas ruins, não conseguia deixar de assisti-la. O que acabava acontecendo, é que meu meu carinho pela série vencia e acabava vendo mais um capítulo. E assim foi, do final da sexta temporada até o último episódio da series finale.

“Supernatural” tem como auge, suas cinco primeiras temporadas que são sensacionais e um sexto ano que não está no mesmo nível, mas possui um bom ritmo narrativo. A partir daí, é só ladeira abaixo, com ano após ano de histórias ruins ou mal desenvolvidas, e no caso específico da sétima temporada, as duas coisas.

A última temporada de “Supernatural” é ruim, como tudo que veio após o sexto ano, com um único momento realmente épico, que é quando no último episódio da series finale, Dean está dirigindo “Baby” e vemos Sam e sua família ao som de “Carry on Wayward Son”. Esse momento em particular atenua um pouco a insatisfação e decepção com tudo que foi mostrado no ano final da série, pois a música da banda “Kansas” se tornou o hino de “Supernatural” e sempre que toca na série é para ser ouvida e cantada no máximo volume.

Apesar de tudo, “Supernatural” deixa sua marca na TV mundial, sendo inegável seu impacto tanto dentro como fora das telinhas. Por esses motivos, pelo carinho que tenho pela série e por cinco excelentes temporadas iniciais, digo de coração que vale muito a pena assistir “Supernatural”!

Ficha Técnica:

Título Original: Supernatural 

Título no Brasil: Sobrenatural

Gênero:Terror, Fantasia, Ação, Aventura, Drama

Temporadas: 15

Episódios: 325

Criador: Erik Kripke

Produtores: McG, David Nutter, Kim Manners, John Shiban, Phil Sgriccia, Sera Gamble, Ben Edlund, Jeremy Carver, Jim Michaels, Todd Aronauer, Adam Glass, Andrew Dabb, Brad Buckner, Eugenie Ross-Leming

Elenco: Jared Padalecki, Jensen Ackles, Misha Collins, Ruth Connell, Mark A. Sheppard, Mark Pellegrino, Alexander Calvert, Katie Cassidy, Lauren Cohan, Jeffrey Dean Morgan Lúcifer, Jim Beaver, Julian Richings, Fredric Lehne, Nicki Aycox, Genevieve Cortese, Osric Chau, DJ Qualls, Rob Benedict, Samantha Smith

Companhias Produtoras: Kripke Enterprises, Wonderland Sound and Vision, Warner Bros. Television

Transmissão: Warner Bros. Television

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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