SINOPSE: Com o objetivo inicial de investigar possíveis vidas alienígenas, o satélite militar acaba saindo de órbita antes do tempo previsto e caindo na Terra. A 20 quilômetros do local da queda, cadáveres abarrotam as ruas de uma cidadezinha no deserto do Arizona. Equipes de busca, responsáveis por localizar a sonda, encontram apenas dois sobreviventes: um idoso viciado e um bebê recém-nascido. Para investigar o ocorrido, o governo dos Estados Unidos mobiliza o Projeto Wild Fire, um protocolo de emergência ultrassecreto, a fim de encontrar uma solução para o problema das mortes súbitas. Mas o enigma de Andrômeda se revela diferente de tudo o que a ciência já viu – e, se os cientistas não descobrirem rapidamente como agir, uma catástrofe mundial sem antecedentes pode acabar acontecendo.
Conhecido por seu trabalho nos gêneros de ficção científica, ficção médica e thriller, Michael Crichton foi autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico estadunidense. Ao longo da carreira foram em torno de 26 livros que já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema, sendo “Jurassic Park” (1990), a mais conhecida.
Apesar de já ter assistido a algumas adaptações cinematográficas, “O Enigma de Andrômeda” foi meu primeiro contato literário com Michael Crichton. E a primeira coisa que é preciso destacar é que esse livro foi escrito em 1969 e por esse motivo possui uma história datada, tanto no aspecto geopolítico (auge da Guerra Fria), como em relação as tecnologias descritas.
Michael Crichton escreve “O Enigma de Andrômeda” utilizando muitos aspectos técnicos, com o objetivo de criar uma espécie de dossiê militar ultrassecreto. Desde a primeira página a impressão é que estamos lendo um documento autêntico, vindo diretamente dos obscuros corredores do governo e das forças armadas estadunidenses. Porém, o que me agradou bastante no começo da leitura, me incomodou bastante do meio para o fim do livro. Isso porque são muitos, mais muitos jargões e conceitos científicos, sendo muitos deles incompreensíveis para quem não trabalha com virologia e áreas afim, como é o meu caso.
Não sei se os demais livros do escritor são assim, mas devo dizer que esse quantidade absurda de informações técnicas e científicas tornaram a leitura muito cansativa e em determinado momento, desinteressante, afinal, se não conseguia entender boa parte do que era falado e mostrado, como manter o foco e o engajamento na história?
Os personagens de “O Enigma de Andrômeda” também fora outro aspecto que não me convenceram. No desenvolvimento inicial dos cientistas do Projeto Wild Fire é descrito temos todos os tipos de personalidades: metódicos, egocêntricos, irascíveis, etc. Mas a verdade é que não vi nada disso enquanto lia. Mas devo dizer que, por já estar bem desinteressado na história do livro, talvez esses aspectos pessoais tenham passado batido por mim.
A única coisa em “O Enigma de Andrômeda” que realmente me agradou foi o alienígena que veio no satélite que caiu na Terra. No início ele é confrontado como um vírus ou uma bactéria que pode causar uma pandemia de proporções globais, mas que se revela como algo mais complexo e que pode da mesma forma que uma pandemia, o fim da raça humana.
Como sempre faço, pretendo ler outro livro de Michael Crichton para tirar uma conclusão se gosto ou não da escrita dele. E já tenho um livro na minha lista de desejos. Trata-se de “A Esfera”, que já foi adaptado para os cinemas em 1998 e vai virar série pela HBO pelas mãos dos produtores da série “Westworld“, com os criadores de Westworld, Jonathan Nolan e Lisa Joy envolvidos também. Com o anúncio da produção televisiva, espero que a Aleph ou outra editora brasileira relancem “A Esfera” por aqui”
Dito tudo isso, vale a pena ler “O Enigma de Andrômeda”? Não, não vale a pena.
Ficha Técnica
Título Original: The Andromeda Strain
Título no Brasil: O Enigma de Andrômeda
Autor: Michael Crichton
Tradutor: Fábio Fernandes
Capa: Comum
Número de páginas: 304
Editora: Aleph
Idioma: Português