SINOPSE: Cybertron foi devastado pela guerra civil entre Autobots e Decepticons . Na tentativa de acabar com o conflito, a Megatron considera usar o Allspark como último recurso, mas a Optimus Prime quer evitar que isso aconteça, mesmo que isso signifique destruir Cybertron para salvá-lo.
“Transformers” é uma das, se não for a mais lucrativa franquia da Hasbro. Os primeiros produtos foram os brinquedos, lançados em 1984: robôs que se transformavam em carros, aviões, minicarros, cassetes, toca fitas, caminhões e armas. A franquia se tornou um sucesso mundial. Para dar suporte, no mesmo ano de lançamento da linha de brinquedos, foram encomendados uma série em quadrinhos da Marvel e desenhos animados.
O sucesso levou a mais brinquedos e animações (como a idolatrada pelos fãs, “Beast Wars” de 1996; e “Transformers: Prime” de 2013, que se aprofundou na mitologia) e um longa-metragem animado (“The Transformers: The Movie” de 1986, que trazia a batalha final de Optimus Prime e Megatron, e o surgimento de Unicron). Em 2007, a Hasbro vendo o potencial da franquia, juntamente com a Paramount Pictures, levou os Autobots e os Decepticons para os cinemas, resultando em cinco filmes, dirigidos por Michael Bay.
Apesar dos cinco filmes juntos terem faturado aproximadamente US$ 4,4 bilhões (para um orçamento de produção combinado de US$ 970 milhões), a Hasbro decidiu fazer um reboot em sua linha cinematográfica, muito devido ao fracasso de bilheteria do quinto longa-metragem (“Transformers – O Último Cavaleiro” de 2017) e pela mitologia cinematográfica confusa. E em 2018, era lançado “Bumblebee”, com o objetivo de trazerem histórias mais simples que resgatassem as tramas e o visual clássico, e assim servir de pontapé para uma nova linha de produtos.
Nesse nova linha de pensamento, a Hasbro fez uma parceria com a Netflix para distribuir e exibir “Transformers – War for Cybertron Trilogy”, sendo “Siege”, o primeiro capítulo, que contará a batalha inicial dos Autobots e Decepticons em Cybertron.
“Siege” traz Optimus Prime tentando manter viva a rebelião e assim impedir o domínio completo de Cybertron por parte de Megatron. Apesar de ser um arco da história dos Transformers muito citado e pouco explorado, o que vemos nesse primeiro capítulo da trilogia já é praticamente o final da batalha entre as duas fações robóticas, onde os Autobots foram praticamente exterminados, restando poucos integrantes escondidos e praticamente sem recursos (principalmente energon). Espero que nas próximas partes de “Transformers – War for Cybertron Trilogy” explorem mais das origens da rebelião (que tem como estopim um sistema de castas e ordens pré-estabelecidas para os habitantes do planeta). Quero ver também mais sobre a sociedade cybertorniana (não sei se existe esse termo, mas escrevi assim mesmo, hehehe), das origens de Optimus e Megatron, da amizade e respeito que eles tinham um pelo outro, e em que momento os dois ficaram em lados opostos em uma revolução que ambos arquitetaram.
A animação de “Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege” ficou a cargo da Polygon Pictures, que utiliza CGI para modelar em 3D mas com um visual 2D; algo parecido com o que vemos no game “Street Fighter IV” e “Street Fighter V” e alguns animes da Netflix como “Altered Carbon: Nova Capa”. Mas o resultado em “Siege” se assemelha mais à produção citada da plataforma de streaming. A movimentação dos personagens e a fluidez da animação me lembraram muito “Tranformers: Beast Wars” de 1996, mas o desenho em CGI da década de 1990 tinha toda uma restrição tecnológica da época, “Siege” parece só algo mal feito mesmo.
Mas existem bons motivos para assistir “Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege”, sendo a primeiro a personalidade dos protagonistas. Optimus Prime e Megatron mostram algumas nuances de personalidade que não tinha visto até então. O líder do Autobots é respeitado e destemido, mas sua irredutibilidade muitas vezes fazem seus companheiros questionarem se a guerra é por um mundo pacífico e igualitário ou se tornou uma obsessão de Optimus em vencer seu rival. Enquanto isso vemos Megatron demonstrando que sua luta começou por ideais nobres como liberdade e igualdade, mas que aos poucos é subvertida por sua fome por poder e por um ódio crescente por todos que se opõem a ele, o transformando no vilão e ditador que conhecemos.
Mas o que mais me agradou em “Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege” é o retorno do visual clássico dos personagens. Ver Optimus, Megatron, Starscream, Ratchet, Ironhide, Shockwave, Soundwave e outros iguaizinhos ao que vi no desenho e nos quadrinhos de 1984 é nostalgia pura. Até o som dos Transformers se transformando é o que ouvíamos nos desenhos da década de 1980. Nesse quesito, o cuidado é espantoso e o resultado muito legal.
Espero que os próximos capítulos de “Transformers – War for Cybertron Trilogy” explorem mais os eventos e acontecimentos que culminaram na famosa batalha em Cybertron. A animação é algo que me incomoda bastante por não ser fluida e travada. Mas fiquei nostálgico e feliz por mostrarem os Transformers em seus visuais originais. E por esse motivo vale a pena “Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege”!
Ficha Técnica:
Título Original: Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege
Título no Brasil: Transformers – War for Cybertron Trilogy: Siege
Gênero: Animação, Ação, Ficção Científica
Temporada: 1
Número de episódios: 6
Produção: FJ DeSanto
Elenco: Jake Foushee ,Linsay Rousseau, Edward Bosco, Rafael Goldstein, Bill Rogers, Shawn Hawkins, Todd Haberkorn, JW Stafford, Aaron Veach, Kaiser Johnson, Mark Whitten, Sophia Isabella, Georgia Reed, Brian Robert Burns, Ellie Main, Miles Luna, Brook Chalmers, Jason Marnocha, Frank Todaro, Alexander Dilallo, Grey Haddock, Philip Bache, Keith Silverstein, Danny Hansen, Ben Jurand
Companhia(s) produtora(s): Rooster Teeth Animation, Hasbro, Polygon Pictures
Transmissão: Netflix