SINOPSE: , Inspirado na grande saga homônima da DC Comics, “Crise nas Infinitas Terras” é o sexto evento anual do Arrowverse. Os heróis agora precisam enfrentar um inimigo mais poderoso que qualquer um já enfrentou: o Anti-Monitor, que tem como único objetivo, destruir todo o multiverso de matéria.
Em 1986, o editor Marv Wolfman lançava “Crise nas Infinitas Terras”, um crossover que afetaria todas as HQs da DC. O editor tinha o desejo de abandonar a ideia de Multiverso retratado nos quadrinhos da empresa, por considerar a ideia hostil aos leitores, e a DC via uma oportunidade de simplificar sua linha editorial, e assim eliminar títulos que geravam prejuízos. O que talvez Marv Wolfman e a DC não esperavam , é que “Crise nas Infinitas Terras” se tornaria o megaevento dos megaeventos da história dos quadrinhos.
![]() |
Anti-Monitor |
E para transformar o conceito utilizado de Multiverso da DC e em único Universo unificado (que viria a ser conhecido como DCU), Marv Wolfman ficou responsável pelo roteiro e George Perez pela arte. “Crise nas Infinitas Terras” traz o Anti-Monitor, uma ameaça maior que qualquer outra que os heróis da DC já tinham enfrentado até então, e que tinha um único objetivo: o apagamento do universo de matéria. Detentor de uma inteligência prodigiosa e da quase onipotência, o Anti-Monitor se mostrou um adversário implacável e quase impossível de ser derrotado. Para derrotá-lo, super-heróis precisaram fazer vários sacrifícios e muitos morreram nesse confronto épico, sendo a morte da Supergirl e do Flash as mais sentidas e impactantes para os leitores na época.
![]() | ![]() |
Dramático, inteligente, épico. “Crise nas Infinitas Terras” não só reestruturou a linha editorial da DC, mas marcou o início dos grande eventos nos quadrinhos, fosse na Marvel ou na própria DC. E na minha opinião, o maior e mais icônico megaevento da história dos quadrinhos.
Com essa breve introdução sobre “Crise nas Infinitas Terras”, fiquei muito apreensivo quando o canal CW anunciou que o próximo crossover do Arrowverso (que é constituído pelas séries “Arrow”, The Flash”, “Supergirl”, “Legends of Tomorrow”, “Batwoman” e “Raio Negro”) seria uma adaptação desse megaevento dos quadrinhos.
O esforço da CW e do produtor Marc Guggenheim em mostrar uma história grandiosa dentro do Arrowverso, é o maior destaque desse crossover, usando e abusando das participações especiais. Erica Durance, Burt Ward, Alan Ritchson, Curran Walters, Kevin Conroy, Wentworth Miller, John Wesley Shipp, são alguns exemplos de pessoas que apareceram na trama. De todas as participações especiais, destaco as três melhores: Tom Welling como Clark Kent (e assim matando um pouco a saudade dos fãs de “Smallville”), Tom Ellis como Lúcifer Morningstar (contracenando com Matt Ryan, que interpreta Constantine em “Legends of Tomorrow”), e Ezra Miller como Flash. Ver os pilares vibracionais, a nuvem de antimatéria apagando as Terras ou o ataque dos demônios das sombras, foi outra coisa que gostei, pois na medida do possível, a CW e o produtor tentaram ser fiel ao material original.
Mas infelizmente as coisas boas sobre esse crossover acabam por aí. Lembro que quando anunciaram “Crise nas Infinitas Terras” no Arrowverso, fiquei bem preocupado, pois por se tratar de séries de televisão com orçamento limitado, não conseguia ver a grandiosidade da história da HQ sendo traduzida nas telinhas. E foi exatamente isso que aconteceu.
Do péssimo CGI que as séries do Arrowverso apresentam à uma história fraca, o crossover não empolga em nenhum momento. Momentos que deveriam ser marcantes, como a morte do Flash interpretado pelo ator John Wesley Shipp ou a morte de Oliver Queen vivido por Stephen Amell (que marca a despedida do herói), são sem inspiração nenhuma, não transmitindo ao espectador a emoção causada por perdas dessa magnitude. Lembro que a morte da Supergirl pelo Anti-Monitor nos quadrnhos, me impressionou e me deixou triste ao ver o sacrifício da super-heroína. Esse tipo de sensação não está presente em nenhum momento do crossover.
Dizem que uma boa história deve apresentar um bom vilão (ou seria um mau vilão?), e o Anti-Monitor é um dos melhores vilões que a DC já produziu. E o que disse é tão verdadeiro, que vira e mexe, o aniquilador do Multiverso, sempre volta da aposentadoria e dá as caras em algum grande evento Pós-Crise. No crossover ele quase não aparece, e quando finalmente se revela, o que vemos é um vilão genérico, no mesmo nível dos demais que aparecem no “episódio da semana” dessas séries. Nem vou entrar na questão do visual, que é no mínimo sofrível.
O crossover “Crise nas Infinitas Terras” é fraco e passa muito, mas muito longe da grandiosidade da história contada nos quadrinhos. Esse megaevento deveria ser adaptado para os cinemas, mas com o fracasso do universo cinematográfico compartilhado da DC, esse desejo não deve acontecer. Mas torço que “Crise nas Infinitas Terras” seja adaptado em alguma animação da DC, que são excelentes e muito melhores que muitos filmes live-actions de super-heróis que tem por aí.
O crossover “Crise das Infinitas Terras” do Aroowverso é bom. Não! Leia o quadrinho que você se divertirá muito mais.
https://www.youtube.com/watch?v=aj0WbbghPCI
Ficha Técnica:
Título Original: Crisis on Infinite Earths
Título no Brasil: Crise nas Infinitas Terras
Gênero: Super-herói, Ação
Temporadas: 1
Número de episódios: 5
Produção: Marc Guggenheim
Elenco: Melissa Benoist, Chyler Leigh, Katie McGrath, Jesse Rath, Azie Tesfai, LaMonica Garrett, David Harewood, Stephen Amell, Caity Lotz, Brandon Routh, Tom Cavanagh, Katherine McNamara, Tyler Hoechlin, Elizabeth Tulloch, Ruby Rose, Grant Gustin, Audrey Marie Anderson, Camrus Johnson, Candice Patton, Dominic Purcell, Jon Cryer, Matt Ryan, Danielle Panabaker, Carlos Valdes, Hartley Sawyer, David Ramsey, Osric Chau, Rick Gonzalez, Juliana Harkavy, Katie Cassidy, Jes Macallan, Nick Zano
Companhia produtora: CW
Transmissão: CW (EUA) / Warner (Brasil)