SINOPSE: Geralt de Rívia (Henry Cavill), um solitário caçador de monstros, luta para encontrar seu lugar em um mundo onde as pessoas muitas vezes se mostram mais perversas que as bestas. Mas o destino o leva a poderosa feiticeira Yennefer de Vengerberg (Anya Chalotra) e a jovem princesa Cirilla (Freya Allan) com um perigoso segredo, que pode mudar todo o futuro do crescente e volátil Continente.

“The Witcher” é a aposta da Netflix para assumir o lugar deixado por “Game of Thrones” na mente e nos corações dos aficionados por fantasia. A série é baseada nos livros escritor por Andrzej Sapkowski, que também teve suas histórias adaptadas para os games. Para promover sua produção original, a Netflix fez um campanha de marketing maciça para abocanhar esse vazio deixado por “GoT”.  Mas “The Witcher” se mostrou bem diferente de “Game of Thrones” em termos de história. Apesar de ambas serem fantasias, “GoT” aposta muito mais nas tramas e intrigas palacianas, enquanto a série da Netflix tem mais elementos fantásticos como bruxos, feiticeiros, monstros, etc.

O que mais me chamou atenção em “The Witcher” foi a ambientação, seja nas locações utilizadas, seja no visual dos personagens. Com filmagens em Budapeste, na Hungria, vilas no sul da Polônia, e Ilhas Canárias, na Espanha; a série conseguiu materializar de forma convincente esse mundo mágico e misterioso. Se os locais deram a ambientação certa, a maquiagem e o figurino utilizados conseguiram traduzir de forma bem verossímil as aparências Geralt, Cirilla, Yennefer, bem como outros personagens. Esses dois elementos são, na minha opinião, os destaques de “The Witcher”.

Outro ponto de destaque de “The Witcher”, com um símbolo diferente sendo revelado em cada um dos setes primeiros episódios, para aparecem todos juntos no último capítulo e formarem o brasão de um lobo. Fiquei ansioso para ver quais símbolos os produtores da série irão mostrar na segunda temporada.

Com relação à história de “The Witcher”, acompanhamos três personagens principais: Geralt de Rívia, Yennefer e Cirlla, e como suas histórias se cruzam. Dessas três histórias, a da feiticeira Yennefer é disparada a mais bem construída e mais interessante. Da sua origem até sua ascensão como uma poderosa feiticeira, vemos um excelente trabalho de roteiro, o que facilita a conexão com a jornada da personagem. Além disso a atriz Anya Chalotra está muito bem no papel, e consegue tirar o máximo da personagem. Já a história da personagem Cirilla, é a mais simples das três, servindo bem para a continuidade narrativa da série.

O problema da série fica por conta de Geralt de Rívia. Sua história deveria ser tão interessante quanto a de Yennefer, mas nem o roteiro salva quando a atuação do ator é péssima. O protagonista vivido por Henry Cavill, é inexpressivo e sem carisma. Sabe a expressão facial do ator no cartaz dessa resenha? Então, é a mesma para transmitir todos os sentimentos do Bruxo: raiva, cansaço, tristeza, alegria, sarcasmo. Li “O Último Desejo” e vi que Geralt possui muitas camadas e sentimentos conflitantes, mas com uma atuação sofrível de Henry Cavill, o personagem mais parece uma folha em branco.

Mas nem tudo é crítica a Henry Caviil, já que nas cenas de ação ele está bem à vontade, seja nos combates com pessoas reais, seja interagindo com CGI. Essas sequências são muito bem conduzidas, tanto pelo ator como pelos produtores da série, sendo as lutas do primeiro episódio, as melhores. O Bruxo matando a gangue de bandidos em poucos segundos, com golpes rápidos e brutais de espada, ou matando uma Kikimora, conseguem transmitir com perfeição todo o treinamento de Geralt de Rívia.

“The Witcher” conseguiu com sua própria identidade, conquistar seu próprio espaço junto aos espectadores, garantindo a renovação para uma segunda temporada. A série tem problemas, principalmente com relação à atuação de Henry Cavill, mas com um universo tão vasto criado pelo escritor Andrzej Sapkowski, a produção original da Netflix pode alçar vôos ainda mais altos, principalmente se explorar mais o Bestiário dos livros que é vasto e proporcionaria muitas aventuras e combates épicos (gostaria muito de ver Geralt de Rívia enfrentando Elemental do Fogo ou um Vampiro Superior). Que venha a segunda temporada!

Vale a pena assistir “The Witcher”!

      

Ficha Técnica:

Título Original: The Witcher

Título no Brasil: The Witcher

Gênero: Fantasia, Drama, Ação

Temporada:

Número de episódios: 8

Produção Lauren Schmidt Hissrich, Tomasz Bagiński, Alik Sakharov, Sean Daniel, Jason Brown, Tomasz Bagiński, Jarosław Sawko

Elenco: Henry Cavill, Joey Batey, Anya Chalotra, Freya Allan, Jodhi May, Björn Hlynur Haraldsson, Adam Levy, MyAnna Buring, Mimi Ndiweni, Therica Wilson, Emma Appleton

Companhia(s) produtora(s): Sean Daniel Company, Platige Image

Transmissão: Netflix (Brasil / EUA)

 

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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