SINOPSE: Com o retorno do Imperador Palpatine, todos voltam a temer seu poder e, com isso, a Resistência toma a frente da batalha que ditará os rumos da galáxia. Treinando para ser uma completa Jedi, Rey (Daisy Ridley) ainda se encontra em conflito com seu passado e futuro, mas teme pelas respostas que pode conseguir a partir de sua complexa ligação com Kylo Ren (Adam Driver), que também se encontra em conflito pela Força.

Quando George Lucas lançou “Star Wars: Uma Nova Esperança” em 1977, nem mesmo ele esperava que seu filme revolucionaria para sempre a indústria cinematográfica. Entre erros e acertos, “Star Wars” se tornou uma das franquias mais valiosas e queridas do cinema. Agora, 42 anos depois, a saga dos Skywalker chega ao fim, com “Star Wars: A Ascensão Skywalker”.

J. J. Abrams foi chamado de volta para dirigir o último capítulo dos Skywalker. Inicialmente Rian Johnson, que dirigiu “Star Wars: Os Últimos Jedi”, comandaria o Episódio IX, mas diante da rejeição de boa parte dos espectadores e até de alguns atores por causa de algumas decisões criativas do diretor, ele foi “remanejado” para dirigir e produzir uma nova trilogia que se passará em outra parte da galáxia tão, tão distante, e que não terá nenhuma conexão com o que vimos até agora nas telonas.

Essa mudança de diretor é visível na condução narrativa da história. Uma de minhas maiores reclamações em relação a “Star Wars: Os Últimos Jedi”, é que ele é excessivamente longo demais, com tramas totalmente desnecessárias (estou falando de toda a jornada de Finn (John Boyega) e Rose  (Kelly Marie Tran)).

“Star Wars: A Ascensão Skywalker” foca na aventura, com a história focada em Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), e o retorno do Imperador Palpatine (Ian McDiarmid), com Poe Dameron (Oscar Isaac) e dispensável Finn como “sub-protagonistas”. Então prepare-se para muitos duelos de sabres de luz entre Rey e Kylo Ren. A coreografia e a execução desses confrontos envolvendo sabres de luz, estão no equilíbrio perfeito entre a plástica dos combates clássicos e a intensidade necessária ente dois usuários da Força.

Outra mudança que percebemos em “Star Wars: A Ascensão Skywalker” é que as tramas são simples. O maior exemplo é o retorno do Imperador Palpatine, que já acontece no começo do filme, e leva menos de dez minutos para ser explicado. A origem de Rey também é apresentada de forma bem simples. Essas decisões de roteiro e direção, junto com várias cenas de ação, tornam o Episódio IX mais ágil.

Mas “Star Wars: A Ascensão Skywalker” apresenta alguns problemas de roteiro, como a tentativa frustrada de tornar Poe Dameron e Finn nos policiais Riggs e Murtaugh de “Máquina Mortífera”. A comédia entre os personagens é sofrível, com muitas piadas que parecem fora de hora ou simplesmente sem-graça.

Outra coisa que me incomodou um pouco em “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, é a enorme quantidade de plot twists. A busca de Rey  por Exegol, planeta onde se encontra o Imperador Palpatine tem várias viradas na trama, apenas para criar um sentimento de expectativa, mas que muitas vezes se mostrou forçada. Aliás, essas reviravoltas acontecem no confronto final entre a última Jedi e o último Sith, com direito a uma referência a “Cavaleiros do Zodíaco” (quando Rey está caída no chão e começa a ouvir vozes ancestrais, lembra muito Seiya tombado e seus amigos o chamando).

Por falar em confronto final, gostei bastante desse “empoderamento” que o Imperador Palpatine ganhou. Desde “Star Wars: O Retorno de Jedi”, sinto uma frustração em relação a ele, pois estamos falando de uma pessoa que movimentou toda a trama desde o Episódio I, capaz de ter manipulado a Força para que Anakin Skywalker fosse gerado. E em “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, vemos a real extensão dos seus poderes.

“Star Wars: A Ascensão Skywalker” não se arrisca e conta uma história segura. Essa decisão pode até não agradar algumas pessoas, mas inventar tramas elaboradas já se mostrou uma ideia pior. Na minha opinião, o Episódio IX encerra o conflito entre os Jedi e os Sith de forma satisfatória. A franquia agora deve seguir outros caminhos, afinal a galáxia tão, tão distante de Star Wars tem muitos cantos a serem explorados.

“Star Wars: A Ascensão Skywalker” é um filme que proporciona diversão e um final digno a uma história iniciada há 42 anos, e por isso é nosso destaque de dezembro de 2019!

 

Ficha Técnica:

Título Original: Star Wars: The Rise of Skywalker

Título no Brasil: Star Wars: A Ascensão Skywalker

Gênero: Ficção Científica, Space Opera

Duração: 142 minutos

Direção: J. J. Abrams

Produção: Kathleen Kennedy, J. J. Abrams, Michelle Rejwan

Roteiro: J. J. Abrams, Chris Terrio

Elenco: Daisy Ridley, Adam Driver, John Boyega, Oscar Isaac, Lupita Nyong’o, Domhnall Gleeson, Kelly Marie Tran, Joonas Suotamo, Billie Lourd, Naomi Ackie, Richard E. Grant, Keri Russell, Mark Hamill, Anthony Daniels, Billy Dee Williams, Carrie Fisher, Harrison Ford, Ian McDiarmid

Companhia(s) produtora(s): Lucasfilm Ltd., Bad Robot Productions

Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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