SINOPSE: Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco.

Sem os direitos cinematográficos de seus maiores heróis nos quadrinhos, a Marvel, em 2008, iniciava sua trajetória nos cinemas, com uma aposta. Mas com US$585 milhões de dólares de bilheteria e um sucesso por parte da crítica e audiência, “Homem de Ferro” começou uma história grandiosa que culmina em “Vingadores: Ultimato”.

A FOX já havia lançado os filmes do X-Men, e a Sony as produções cinematográficas do Homem-Aranha. E ambas as trilogias são importantes, pois sem elas, nada do que vemos hoje no cinema, aconteceria. Mas somente com a criação do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), é que o gênero de super-heróis ganhou a visibilidade e o respeito merecidos nos cinemas, e em produtos altamente rentáveis. Além disso, o Marvel Studios popularizou o conceito de “universo compartilhado”. “Star Wars” já possuía essa conexão entre os filmes, séries animadas, quadrinhos e livros, mas não da magnitude do MCU.

E foi graças a Kevin Fiege, com sua genialidade, organização, comprometimento e paixão pelas HQs da Marvel, que o MCU se tornou realidade e um empreendimento de sucesso. Se pudesse comparar Kevin Fiege com algum personagem da Marvel, ele seria “One Above All”, uma entidade nas HQs acima de todas as outras, responsável pela criação de tudo e todos no multiverso da Marvel. Então se “One Above All” criou o multiverso da Marvel nos quadrinhos, Kevin Fiege é o criador do MCU.

Kevin Fiege juntamente com os diretores Anthony e Joe Russo nos trouxeram “Vingadores: Ultimato”, que é a conclusão da Saga do Infinito.  Em várias entrevistas, vi Feige e os diretores expressarem suas preocupações em entregar um desfecho grandioso e que honrasse o legado construído ao longo de 10 anos e 23 filmes, divididos em 3 fases. Compartilhei desta apreensão, afinal “Vingadores: Guerra Infinita” é perfeito em todos os aspectos e com uma história de impacto gigantesco.

Houve receio na Marvel Studios quando o diretor Joss Whedon saiu do comando, graças ao malfadado “Vingadores: A Era de Ultron”. Mas a escolha de Anthony e Joe Russo se mostrou uma decisão fundamental para o sucesso de “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”. Desde “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, os irmãos e diretores mostraram que sabem o que fazer em um set de filmagem.

A conhecida fórmula Marvel, está presente em “Vingadores: Ultimato”. com cenas de ação e dramáticas, mescladas com situações cômicas. Essas situações cômicas, é algo que sempre me incomoda nos filmes do MCU, mas vejo que aqui elas foram mais bem dosadas e planejadas. As situações dramáticas dão o peso necessário de perda que o filme precisa. O início do filme, mostrando o luto e desolação daqueles que não foram apagados pelo estalar de dedos de Thanos, é forte e pesado. As mortes de alguns heróis, foram dirigidas de forma a causar o sentimento de perda, e assim transmitir a mensagem de que grandes sacrifícios são necessários para enfrentarmos grandes desafios.

Mas como “Vingadores: Ultimato” é clímax da Saga do Infinito, era necessário um desafio titânico. E valeu a pena esperar dez anos por Thanos. Foi dito que o Titã Louco não era uma ameaça tão grande, pois quando ele entra finalmente em cena no filme “Vingadores: Guerra Infinita”, ele já estava de posse de algumas Joias do Infinito.

Mas em “Vingadores: Ultimato”, Thanos mostra que mesmo sem as Joias do Infinito, ele é um mestre das batalhas. A luta final dele contra os Vingadores, é épica, simplesmente vencendo a todos. E quando parece que ele vai tombar, o Titã Louco se levanta e revida com força e brutalidade. Mesmo o Capitão América munido de uma arma poderosíssima (que rendeu verdadeiros gritos de empolgação durante a sessão de cinema), ou a Capitã Marvel, a mais poderosa heroína de todo o MCU, não são páreos para Thanos, o que me fez soltar o seguinte comentário: “Esse fdp não cai não?”

Mas “Vingadores: Ultimato” tem um problema, que é ter uma enorme “barriga” narrativa. Falo isto, porque achei a parte onde nossos heróis elaboram um plano para reverter o estalar de dedos de Thanos, longa demais. Entendo a decisão de Kevin Feige  e dos diretores, pois esse pedaço do filme trata-se de um fã-service e uma homenagem aos 10 anos do MCU. E mesmo sendo uma parte divertida, muito do que foi mostrado ali, poderia ter sido resumido, sem estragar a continuidade do longa-longa-metragem.

“Vingadores: Ultimato”, por causa dessa “barriga”, não é melhor que “Vingadores: Guerra Infinita”, mas é tão bom quanto. O longa-metragem que encerra a Saga do Infinito é excelente e empolgante, e encerra esse ciclo de 10 anos e 23 filmes, com chave de ouro.

Vingadores: Ultimato” é nosso destaque de abril de 2019!

 

Ficha Técnica:

Título Original: Avengers: Endgame

Título no Brasil: Vingadores: Ultimato

Gênero: Super-Herói

Duração: 181 minutos

Direção: Anthony Russo, Joe Russo

Produção: Kevin Feige, Jon Favreau, James Gunn, Stan Lee, Victoria Alonso, Michael Grillo, Thrinn Than, Louis D’ Esposito

Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Don Cheadle, Paul Rudd, Brie Larson, Karen Gillan, Danai Gurira, Benedict Wong, Jon Favreau, Bradley Cooper, Gwyneth Paltrow, Josh Brolin, Benedict Cumberbatch, Chadwick Boseman, Tom Holland, Zoe Saldana, Elizabeth Olsen, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Tom Hiddleston, Chris Pratt, Pom Klementieff, Dave Bautista, Letitia Wright, William Hurt, Winston Duke, Jacob Batalon, Cobie Smulders, Tom Vaughan-Lawlor, Vin Diesel, Samuel L. Jackson, Ross Marquand, Michael James Shaw,, Terry Notary, Kerry Condon, Monique Ganderton, Tessa Thompson, Evangeline Lilly, Rene Russo, John Slattery, Tilda Swinton, Hayley Atwell, Marisa Tomei, Taika Waititi, Angela Bassett, Maximiliano Hernández, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer

Companhia(s) produtora(s): Marvel Studios

Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures

 

 

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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