SINOPSE: American Horror Story (às vezes, abreviado como AHS) é uma série de televisão americana antológica de terror criada e produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, cada temporada é concebida como uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio “começo, meio e fim”.
Em 2011, o canal FX estreava “American Horror Story” (abreviado como “AHS”). “AHS” uma série de televisão estadunidense de terror criada e produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Chamado de “AHS: Murder House”, a produção televisiva era uma antologia, ou seja, uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio “começo, meio e fim”.
Como diria Kléber Leite: “Parou, parou, parou!”. O formato padrão e de sucesso das séries nos EUA, geralmente são de outros gêneros, por terem em média 20 episódios e principalmente pela nova temporada (quando a série é renovada) ser conectada com o ano anterior. Então como uma série de terror com poucos episódios e com uma história fechada, sem ganchos para futuras temporadas poderia dar certo? E como o canal FX aprovou essa produção?
O fato é que o FX resolveu comprar a ideia de Ryan Murphy e Brad Falchuk, pois para o canal era muito bom, pois caso a série obtivesse uma audiência aceitável, uma renovação para um segundo ano de “AHS” seria feita, e se não fosse aceita pela audiência não ficariam buracos narrativos.
“AHS: Murder House” foi um sucesso imediato. Críticas especializadas disseram que a série é um exagero, pois tudo é praticamente sustos, gritos, sexo, solavancos, rostos triturados, comportamento psicótico, e bebês mortos, se tornado um verdadeiro espetáculo cativante de vertigem e repugnação.
E foram justamente essa descrição que fizeram “AHS” um fenômeno televisivo, e o vetor que redefiniria a forma de produzir séries. A estética de Ryan Murphy é totalmente exagerada, seja nas atuações que beiram o ridículo, seja pelas cenas de terror gore (caracterizado pela presença de cenas extremamente violentas, com muito sangue, vísceras e restos mortais de humanos ou animais).
É esse exagero na atuação e no terror, que faz com que “AHS” se destaque das demais produções televisivas e de streaming. A estética da série é única e audaciosa, pois não lembro de nenhuma outra série que utilize esses elementos da mesma forma. As cenas de terror gore são pesadas e violentas, com direito a muito sangue. O objetivo de “AHS” é chocar o espectador, e isso é alcançado com louvor.
“AHS” nos apresentou atores que se tornariam queridinhos dos espectadores e figurinhas carimbadas nas produções futuras de Ryan Murphy, como Evan Peters e Sarah Paulson, além de Jessica Lange (sim, a loirinha que faz Kong se apaixonar perdidamente no remake de 1976). Esse trio, como vários outros atores que apareceram ao longo das nove temporadas, foram alçados ao estrelato graças a “AHS”.
O material promocional é um elemento à parte da série. Repulsivo e fascinante, considero a melhor coisa da franquia. Tudo que era produzido para promover “AHS” (pôsteres, teaser, aberturas liberadas), instigava as pessoas a assistirem temporada após temporada de “AHS”
“AHS” possui um verdadeiro caminhão de prêmios, ganhando em categorias importantes no American Film Institute Awards, Art Directors Guild Awards, Emmy Awards, GLAAD Media Awards, Globo de Ouro, Golden Reel Awards, Horror Writers Association, Motion Picture Sound Editors Society, Satellite Awards, Screen Actors Guild Awards, TCA Awards e Saturn Awards.
Mas esse sucesso todo, não teria acontecido sem o apoio sem restrições da FOX a Ryan Murphy. O produtor tinha carta branca, para fazer o que quisesse em suas produções.
Depois do sucesso de “AHS: Murder House”, vieram mais oito temporadas. E como toda série, algumas temporadas são ruins e outras são excelentes. No saldo, podemos dizer que “AHS” tem mais acertos que erros ao longo das nove temporadas. Mas a partir do sexto ano (“AHS: Roanoke”), a produção televisiva começou a apresentar sinais de desgaste, que credito mais por decisões criativas de Ryan Murphy, do que desgaste no formato narrativo.
O formato de “AHS” não apresenta desgaste, tanto que após sua estreia e seu sucesso constante ano após ano, houve uma verdadeira transformação no meio televisivo quando o assunto era produzir séries. As antologias, quase inexistentes, proliferaram para todos as plataformas midiáticas. A estética apresentada por Ryan Murphy, passou a ser copiada em outras produções que muitas vezes, nem eram de terror.
“AHS: 1984” é nona temporada e talvez a última, pois Ryan Murphy saiu da FOX e assinou um contrato milionário de exclusividade com a Netflix (as cifras são estimadas em US$300 milhões). Uma perda gigante para a FOX e principalmente para a Disney. Com a aquisição da FOX pela Disney, o CEO Bob Iger teria pessoalmente entrado em contato com Murphy para garantir a sua permanência. Mas com o caminhão de dólares oferecido pela líder mundial de streaming, juntamente com a indefinição do que seria dos canais da FOX, pesaram para a saída de Ryan Murphy.
“AHS” marcou a televisão e o streaming mundial, pois redefiniu a forma de se fazer séries e de consumir esse tipo de produto, afinal não há necessidade de ver todas as temporadas para entender o que está acontecendo. Além disso “AHS” colocou o terror como um gênero a ser explorado com grandes chances de retorno financeiro.
VALE MUITO A PENA assistir “American Horror Story”.
Abaixo vamos apresentar os pôsteres e as aberturas de cada temporada de “American Horror Story”, que repito: são as melhores coisas de toda a franquia. Também vamos dar nossa breve opinião sobre cada ano, e dar uma nota de 1 a 5, onde 1 é “Era melhor ter ido ver o filme do Pelé”, e 5 é “PUTA QUE PARIU, você precisa assistir essa temporada”.
1ª Temporada – AHS: Murder House (Nota: 3)
Seria nota 5 pelo protagonismo e por tudo que representou para a TV e streaming, mas quando comparada com outras temporadas, vemos que alguns elementos que serão o que impulsiona “AHS” ao estrelato, ainda não estão muito desenvolvidos. Mas é um ótima história de casas mal-assombradas.
2ª Temporada – AHS: Asylum (Nota: 5)
A melhor temporada de todas, pois todas as tramas e assuntos abordados são muito bem desenvolvidos. A estética de Ryan Murphy produzir está completamente amadurecida, nos dando um verdadeiro espetáculo de terror. Coloco essa temporada como TOP 1 em história de hospícios assombrados.
https://www.youtube.com/watch?v=uVJPbSa-HRY
3ª temporada – AHS Coven (Nota 3)
Essa é a temporada divisora de águas na opinião dos espectadores. Eu gosto da estética apresentada, que continua muito boa em relação à temporada anterior, mas não gosto da história apresentada. A melhor coisa dessa temporada é um ataque de zumbis, no melhor estilo “The Walking Dead”. Se você gosta de histórias de bruxas, essa é a sua temporada.
4ª temporada – AHS Freak Show (Nota 4)
Junto com “AHS: Asylum”, uma das temporadas mais bem avaliadas, tanto pelos espectadores como pela crítica. Parodiando os famosos circos dos horrores, veremos as criaturas mais bizarras de toda a franquia, superando até mesmo as atrações do Dr. Lao. Um detalhe: nessa temporada somos apresentados ao palhaço Twist (John Carroll Lynch), que é assustador pra carai.
5ª temporada – AHS Hotel (Nota 2)
Uma temporada que tinha tudo para ser boa, pois se passa no hotel construído pelo jovem médico psicopata Henry H. Holmes, considerado por muitos, o primeiro serial killer dos EUA. Com centenas de mortes atribuídas a ele (mas não confirmadas), seu hotel foi projetado para ser um verdadeiro circo dos horrores para suas vítimas. E apesar da temporada explorar isso, Ryan Murphy quer empurrar guela abaixo Lady Gaga, que substituiu Jessica Lange.
6ª temporada – AHS Roanoke (Nota 5)
Parodiando a febre que tomou conta do mundo por reality shows, essa temporada mostra pessoas que precisam viver em uma casa que teoricamente é assombrada. Mal sabem eles que, o local onde é gravado o programa faz parte da lenda de Roanoke.
7ª temporada: AHS – Cult (Nota 1)
Disparado a pior temporada de toda a franquia. Com forte teor político, Ryan Murphy faz uma dura crítica ao Governo Trump. Não tenho nada contra isso, mas a parte que importa que é o horror de vivermos em uma cidade que existe um culto assassino, é deixada em segundo plano.
8ª temporada: AHS – Apocalypse (Nota 2)
Aqui a franquia começa a mostrar sinais de cansaço, pois por todo o material promocional liberado, essa temporada prometia ser uma das melhores. Mas Ryan Murphy uniu as histórias de “AHS: Coven” e “AHS: Murder House”, o que gerou certo desconforto para os espectadores. Isso porque A primeira temporada tem um lugar especial no coração que quem acompanha a franquia, mas o terceiro ano é algo que divide opiniões.
9ª temporada: AHS – 1984 (Nota: 2)
A temporada atual surfa na onda que “Stranger Things” trouxe: a de produzir séries e TVs ambientadas nos anos 1980. Utilizando como tema, os slashers (famosos serias killers dos filmes de terror como Jason e Michael Myers), vi uma temporada morna para fria. Não dei nota, pois ela ainda não se encerrou, mas se acabasse agora, daria nota 1.
Ficha Técnica:
Título Original: American Horror Story
Título no Brasil: American Horror Story
Gênero: Terror
Número de temporadas: 9
Número de episódios: 99
Produção: Murphy ,Brad Falchuk, Tim Minear, James Wong, Jennifer Salt, Bradley Buecker, Alexis Martin Woodall, Patrick McKee, Robert M. Williams Jr., Dante Di Loreto
Elenco: Connie Britton, Dylan McDermott, Evan Peters, Taissa Farmiga, Denis O’Hare, Jessica Lange, Zachary Quinto, Joseph Fiennes, Sarah Paulson, Lily Rabe, Lizzie Brocheré, James Cromwell, Frances Conroy, Emma Roberts, Kathy Bates, Michael Chiklis, Finn Wittrock, Angela Bassett, Wes Bentley, Matt Bomer, Chloë Sevigny, Cheyenne Jackson, Lady Gaga, Cuba Gooding Jr., André Holland, Billie Lourd, Alison Pill, Adina Porter, Leslie Grossman, Cody Fern, Matthew Morrison, Gus Kenworthy, John Carroll Lynch, Angelica Ross, Zach Villa
Companhia(s) produtora(s): FX
Transmissão: FX (Brasil, EUA)