SINOPSE: Sam (Lupita Nyong’o) estava entre os humanos acostumados aos ruídos de uma metrópole, como Nova York. Até o momento em que ela testemunha a chegada de criaturas no planeta Terra e o consequente massacre. Agora, ela e Eric (Joseph Quinn), juntamente com outros sobreviventes, precisarão aprender a sobreviver com os monstros assassinos, que se orientam pelo som de suas vítimas na cidade mais ruidosa do mundo.

“Um Lugar Silencioso”, de 2018, trouxe uma proposta ao mesmo inovadora e clichê para assustar quem assistia ao filme: de que fazer barulho, qualquer barulho, pode nos matar em uma história de terror.

Lembro até hoje que nunca na minha vida assisti a um filme com uma sala de cinema tão silenciosa, como se fazer barulho durante a sessão pudesse atrair a atenção das criaturas. Usando um efeito sonoro que emula uma cabine de audiometria, isolando todo e qualquer som externo, o fato de respirar no filme ou fora dele, era tensão pura.

Depois quando anunciaram a sequência direta, pensei que não teria o mesmo impacto, já que a novidade a respeito da exploração da ausência de som havia passado. E surpresa! A tensão e os sustos foram tão genuínos quanto no primeiro filme. Destaque para a cena em que Regan (Millicent Simmonds), por estar sem seu aparelho auditivo, não percebe uma criatura se aproximando dela dentro de um vagão de trem. Uma sequência não recomendável para cardíacos e pessoas ansiosas.

Infelizmente, AINDA não temos a resenha de “Um Lugar Silencioso”, mas se quiser saber mais sobre “Um Lugar Silencioso II”, clique aqui e leia o que achamos desse filmaço de terror, que foi nosso Top 2 de Melhores Filmes de Terror de 2021.

Com o sucesso nas bilheterias: “Um Lugar Silencioso” faturou US$ 341 milhões para um orçamento de US$ 20 milhões e “Um Lugar Silencioso 2” arrecadou US$ 298 milhões para um gasto de produção de US$ 60 milhões, a Paramount encomendou mais dois filmes da franquia, sendo uma continuação direta, sem data de estreia, e um prequel, que estreou ano passado: “Um Lugar Silencioso: Dia Um”.

O filme mostra o início da invasão das criaturas ao nosso planeta. O palco para isso: Nova Iorque, a cidade que nunca para. Mas será que se esse terceiro filme da franquia causaria o mesmo impacto que os longas-metragens anteriores?

Um dos fatores que mais me agradaram nesse prequel é o fato de mostrar o início de tudo. A maioria dos filmes que abordam a derrocada da sociedade, se passam com a humanidade já toda lascada, tentando sobreviver em meio a escombros e faltando tudo e mais um pouco. Ver a coisa acontecendo, a humanidade ruindo me fascina nos filmes com essa temática, e por isso, que longas-metragens como “Guerra Mundial Z” são tão divertidos.

E acho que os responsáveis pela franquia fizeram um baita jogada, pois ao limitar a derrocada humana para essas criaturas atraídas pelo som à cidade de Nova York, eles podem criar spin-offs mostrando como foi em outras cidades estadunidenses e até em outros continentes, como a Netflix tentou, sem sucesso, com “Bird Box”.

O que mais chamou a atenção em “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, foram os son. Fiquei com a impressão de que eles estavam no volume máximo de propósito. E faz sentido, já que a novidade que foi o silêncio absoluto não iria causar o mesmo efeito em que assistia. Dessa forma, minha preocupação era quando a cacofonia sonora iria acontecer: os gritos, as coisas caindo, quebrando, as criaturas urrando. 

Essa decisão criativa de “Um Lugar Silencioso: Dia Um” precisa ser enaltecida, pois ao usar uma variação da fórmula do primeiro filme, o filme conseguiu causar os mesmos sentimentos e reações, e nas mesmas intensidades.

A utilização da cidade de Nova York dá uma sensação da magnitude que foi a invasão das criaturas alienígenas no nosso planeta, já que os dois primeiros filmes flertavam e insinuavam a catástrofe global que esse evento foi. Então cenas de milhares de pessoas andando nas avenidas, fugindo e ainda sem entender que o silêncio é primordial, e sendo atacadas por uma quantidade absurda desses seres espaciais, descendo pelos arranha-céus, foi algo empolgante e assustador ao mesmo tempo.

Falando um pouco do elenco de “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, acredito que eles desempenharam a função deles. Djimon Hounsou, reprisa seu papel do segundo filme, mostrando um pouco mais de sua história. Nesse ponto, achei a participação do ator pequena demais, quase um desperdício, mas acredito que ele deva ter uma importância maior no próximo longa-metragem da franquia.

Joseph Quinn e Lupita Nyng’o, interpretam os protagonistas de “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, mas a importância de seus personagens é de ser o centro narrativo para todos os eventos da trama. O que quero dizer é que suas atuações são competentes, atendem ao que o roteiro pede, mas não é algo nada fantástico. Porém, é sempre bom ver Lupita Nyong’o nos filmes, pois acho ela uma atriz talentosíssima, e sua escalação engrandece qualquer produção.

Não há muito mais o que falar sobre “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, a não ser que é filme redondo, que entrega aquilo proposto, sem invenções. E nesse caso, não é uma coisa ruim, pelo contrário, é algo muito positivo, pois ele entrega o início da invasão alienígena e mantém e transmite a tensão que virou característica da franquia já. De todos os filmes de terror de 2024, “Um Lugar Silencioso: Dia Um” é que tem a melhor execução e desenvolvimento ao longo de toda sua exibição.

Por ser um feijão com arroz cinematográfico bem executado, digo que vale muito a pena assistir “Um Lugar Silencioso: Dia Um”!

Ficha Técnica:

Título Original: A Quiet Place: Day One

Título no Brasil: Um Lugar Silencioso: Dia Um

Gênero: Terror

Duração: 99 minutos

Diretor: Michael Sarnoski

Produção: Michael Bay, Andrew Form, Brad Fuller, John Krasinski

Roteiro: Michael Sarnoski

Elenco: Lupita Nyong’o, Joseph Quinn, Alex Wolff, Djimon Hounsou, Eliane Umuhire

Companhias Produtoras: Platinum Dunes, Sunday Night Productions

Distribuição: Paramount Pictures

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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