SINOPSE: Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade ter sido revelada por Mysterio (Jake Gyllenhaal). Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outro universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só terá que deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói
O final de 2021 chegou cheio de expectativas para os amantes do cinema e mais especificamente para os fãs da Marvel e do nosso querido Cabeça de Teia. Isso porque estreou em dezembro “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”.
O terceiro capítulo do Amigão da Vizinhança no MCU prometia a exploração do multiverso da Marvel e da Sony. E o que vi na telinha do cinema foi um dos maiores fã-services da história do Homem-Aranha desde sua estreia nos cinemas em 2002.
Mas antes de falar em fã-services, vou destacar um dos grandes pontos positivos de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”: esse é um filme do Teioso e somente dele. Nos primeiros dois longas-metragens produzidos pela Marvel Studios, o Homem-Aranha era quase como um coadjuvante que vivia a sombra do super-herói que iniciou o MCU. Em “De Volta ao Lar” ele era o pupilo do Homem de Ferro, o que achei uma ideia de merda. E em “Longe de Casa”, Peter Parker precisava lidar com a morte e o legado de Tony Stark.
Entendo a importância do Homem de Ferro para o sucesso da Marvel Studios, mas colocar o super-herói mais querido da Casa de Ideias como um coadjuvante de luxo foi forçar a barra.
“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” é o primeiro filme da Marvel a explorar o conceito de multiverso apresentado na série do Loki. Devido a uma falha no feitiço do Doutor Estranho, todos que conhecem de alguma forma Peter Parker, vilão ou herói, são trazidos para o universo do MCU.
Ver novamente o Dr. Octopus interpretado por Alfred Molina e o Duende Verde de Willem Dafoe é sensacional, isso porque desde “Homem-Aranha” de 2002, ambos são os melhores vilões apresentados no cinema. Outros antagonistas também aparecem como Electro e Lagarto (que acho um dos melhores vilões do Cabeça de Teia, mas que foi muito mal aproveitado na telonas), vividos por Jamie Foxx e Rhys Ifans, respectivamente. Achei a participação do Homem-Areia bem fraca já que ele foi um dos destaques em “Homem-Aranha 3”.
Antes de continuar preciso dizer o quanto Willem Dafoe está FODA em “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. O ator traz de volta com maestria toda a loucura e perigo de Norman Osborn e seu ater-ego, Duende Verde. Sua voz, seus trejeitos e suas feições deram vida finalmente ao maior antagonista do Homem-Aranha e ouso dizer: a um dos melhores vilões que o MCU já apresentou. A participação do ator está tão boa ou até melhor do que vi em “Homem-Aranha” de 2002.
E se os vilões de outros filmes do Homem-Aranha estão presentes, é claro que os outros Homens-Aranhas também estariam.
E por mais que a Marvel e a Sony tenham tentado esconder, a participação do Cabeça de Teia vivido por Tobey Maguire e do Amigão da Vizinhança interpretado do Andrew Garfield era algo esperado. E quando os três Homens-Aranhas se juntam, a galera no cinema foi ao delírio. Acredito que todos que assistiram ao filme ficaram empolgados com essa reunião.
Muito foi especulado se essa reunião dos três Homens-Aranhas do cinema estava nos planos da Marvel, e na minha opinião era algo que Kevin Feige não queria. A aparição deles juntos só aconteceu por uma imposição da Sony, detentora dos direitos cinematográficos do Cabeça de Teia.
Falo isso pois desde o sucesso de Venom nos cinemas, a Sony queria a participação do Homem-Aranha de Tom Holland no universo teioso que eles estão produzindo. A intransigência inicial da Marvel quase causou o fim precipitado da parceria com a Sony.
Acredito que as pazes entre Marvel e Sony algum tempo depois aconteceu justamente por Kevin Feige e cia. terem aceitado a união dos dois universos cinematográficos. E o conceito do multiverso só facilitou isso.
Agora, de todo esse fã-service, uma participação foi mais que especial para mim. Estou me referindo a um certo advogado de Hell’s Kitchen que faz uma aparição breve, mas que abre possibilidades incríveis. A parte em que ele pega um tijolo arremessado pela janela é foda demais!
Vale destacar o tom narrativo de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. O filme começa com o tom leve e descontraído dos outros dois longas-metragens do Cabeça de Teia no MCU e até mantém o humor ao longo de sua exibição, mas em determinado momento a história ganha tons mais sérios e dramáticos, mostrando que com grandes poderes vem grandes responsabilidades, e que a vida do nosso Amigão da Vizinhança vem marcada por decisões difíceis e trágicas.
Para exemplificar o que disse acima, destaco a morte de alguém muito próximo ao Homem-Aranha que fez meus olhos marejarem e verem o quanto ser o Homem-Aranha não é fácil.
Independentemente de imposição da Sony ou não, “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” é um sucesso de bilheteria e está muito próximo de alcançar US$ 1 bilhão nas bilheterias. Uma marca incrível pois mostra que os cinemas começam a voltar a normalidade depois de sofrerem graças ao Covid maldito.
O terceiro filme do Cabeça de Teia no MCU é um fã-service do início ao fim dos seus 148 minutos de exibição. Um longa-metragem feito para os fãs de todas as gerações do Homem-Aranha nos cinemas desde 2002.
Divertido e dramático na medida certa, como toda boa história do Teioso deve ser, é claro que vale muito, mas muito a pena assistir a “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”!
Ficha Técnica:
Título Original: Spider-Man: No Way Home
Título no Brasil: Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Gênero: Super-Herói
Duração: 148 minutos
Diretor: Jon Watts
Produção: Kevin Feige, Amy Pascal
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers
Elenco: Tom Holland, Zendaya, Benedict Cumberbatch, Jacob Batalon, Jon Favreau, Jamie Foxx, Willem Dafoe, Alfred Molina, Benedict Wong, Tony Revolori, Marisa Tomei, Andrew Garfield, Tobey Maguire, Rhys Ifans, Thomas Haden Church, Tom Hardy
Companhias Produtoras: Columbia Pictures, Marvel Studios, Pascal Pictures
Distribuição: Sony Pictures Releasing