SINOPSE: O mercenário Tyler Rake (Chris Hemsworth) é recrutado por sua colega Nik Khan (Golshifteh Farahani) para resgatar Ovi Mahajan Jr. (Rudhraksh Jaiswal), filho do maior traficante de drogas da Índia. O que deveria ser só mais uma missão se tornou uma chance de redenção.
Joe e Anthony Russo são os diretores responsáveis por “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”, filmes que encerraram a Saga do Infinito do MCU. Mas o início dessa parceria nos cinemas começou com “Capitão América: Soldado Invernal”, que ao contrário das outras produções cinematográficas da Marvel, tem um tom mais sério, trazendo uma história de complexa (quando comparada aos demais filmes do MCU), que envolve organizações governamentais, conspiração, espionagem. Mas o que realmente chama a atenção no segundo filme do Primeiro Vingador são as cenas de ação.
E por que comecei essa resenha falando de “Capitão América: Soldado Invernal”? Porque “Resgate”, filme da Netflix produzido pelos Irmãos Russo, são quase duas horas de ação alucinante no melhor estilo do segundo filme do Primeiro Vingador.
“Resgate” possui um plot muito simples: Tyler Rake é um mercenário contratado para resgatar o filho do maior traficante de drogas da Índia. Ao mesmo tempo que precisa garantir o sucesso da missão, Tyler Rake precisa lidar com problemas pessoais. A questão da perda do filho é uma forma de dar profundidade ao protagonista do filme, mas na minha opinião, essa parte da história é totalmente desnecessária quando olhada por esse ângulo. Entendo que é uma forma de humanizar o personagem, porém achei irrelevante, não me fazendo importar mais ou menos com ele. Esse drama pessoal serve também como ponte entre Tyler Rake e Ovi Mahajan Jr., a criança sequestrada, em uma espécie de expiação. Por esse ângulo, até consigo enxergar alguma necessidade para essa perda familiar do protagonista, mas nada que seja realmente importante para o longa-metragem como um todo.
“Resgate” possui uma história realmente simples, mas isso é proposital pois assim a atenção do espectador fica totalmente voltada para os tiros, as explosões, as porradas, e depois para mais tiros, mais explosões e mais porradas. A ação quando começa é frenética e praticamente constante, parando por poucos momentos para que possamos respirar, para então começar tudo novamente. Os Irmãos Russo pegaram a cena de luta na ponte e o duelo entre o Capitão América e o Soldado Invernal e a estenderam (veja nos extras, essas cenas), tudo muito bem coreografado e filmado, com cortes e trocas rápidas de câmera que dão aquela sensação de velocidade. Já a violência em o “Resgate” é mais presente e palpável e gráfica, algo que os Irmãos Russo precisaram dosar em “Capitão América: Soldado Invernal”.
“Resgate” é mais um filme que vem para surfar na onda de sucesso que a franquia “John Wick” trouxe de volta aos cinemas e outras plataformas de exibição desse tipo de conteúdo. O filme pode ser resumido a 117 minutos de pura ação. Isso é ruim? Só se você procura um filme com uma trama mais complexa. Agora se você quiser simplesmente se sentar na frente da tela do seu computador, celular ou TV e ver quase duas horas de tiroteio, perseguições a pé e de carro, explosões e muita trocação de porrada, então essa é a escolha que deve ser feita ao navegar pela Netflix.
Vale muito a pena assistir “Resgate”!
Extras
https://www.youtube.com/watch?v=k9TdcVjWlGo
https://www.youtube.com/watch?v=g9S7UiEFsGg
Ficha Técnica:
Título Original: Extraction
Título no Brasil: Resgate
Gênero: Ação
Duração: 117 minutos
Direção: Sam Hargrave
Produção: Joe Russo, Anthony Russo, Mike Larocca, Chris Hemsworth, Eric Gitter, Peter Schwern
Roteiro: Joe Russo
Elenco: Chris Hemsworth, Rudhraksh Jaiswal, Randeep Hooda, Golshifteh Farahani, Pankaj Tripathi, David Harbour, Priyanshu Painyuli, Sudipto Balav, Adam Bessa, Shataf Figar, Suraj Rikame, Neha Mahajan, Sam Hargrave, Abhinav Srivastava
Companhia(s) produtora(s): AGBO, Thematic Entertainment, India Take One Productions, T.G.I.M. Films
Distribuição: Netflix