“Livros São Um Mundo Com Mundos Dentro”
SINOPSE: E OS HUMANOS DESCOBREM QUE A PIOR DESGRAÇA NÃO SÃO OS ZUMBIS…Vários anos se passaram desde que Uriel, agindo como um tirano, assumiu o controle da maior colônia de sobreviventes do apocalipse zumbi na Terra. Ivan, Estela e quase todos os seus aliados estão mortos. Do grupo original, apenas Isabel, Mariana e alguns poucos conseguiram escapar de Ilhabela. E a cada dia, a fome de poder de Uriel e de seu filho, Otávio, aumenta, tornando a vida dos sobreviventes ainda mais penosa. O trabalho escravo se torna a regra A cobrança de mais e mais tributos e a imprevisibilidade do poder central mantêm todos em constante alerta. Otávio, que passou anos realizando pesquisas médicas, finalmente consegue um meio de controlar os bersekers, os zumbis monstruosos, transformando-os em cães de caça. É a sua forma de assegurar a permanência no comando da comunidade, mas também de destruir, pelo medo, qualquer intenção de resistência. Então, ele produz algo ainda pior, uma criatura feroz e diabólica com o poder de destruição em massa. Há muito em jogo. O governo central ainda considera Isabel uma grande ameaça, seja viva, ou morta-viva, o que poderia transformá-la numa nova Senhora dos Mortos. Mas, duas crianças chamam a atenção de Isabel que decide prepará-las para batalhas ainda mais sangrentas. Serão elas a esperança para o fim daquela era de medo e destruição? A derradeira batalha está para começar, mas os inimigos, humanos e zumbis, também têm suas surpresas. Sejam bem-vindos a uma nova era de horror e violência. Esta é… a Era dos Mortos.
Meu primeiro contato com a série literária “As Crônicas dos Mortos” do autor brasileiro Rodrigo de Oliveira, foi o livro “Elevador 16”. Fiquei impressionado com a mistura de emoções a que fui apresentado: terror, tensão, violência extrema, drama. E tudo isso em somente 60 páginas. E esse pequeno livro em quantidade páginas, mas gigante em sua narrativa, foi o que me fez consumir as demais obras das “Crônicas dos Mortos”.
“A Era dos Mortos”, partes 1 e 2, encerram esse zumbicalipse contado por Rodrigo de Oliveira. Como a própria sinopse dos livros mostram, é impossível não vermos semelhanças com outras obras que contam sobre o fim do mundo por “comedores de miolos”. Os vilões destes dois livros, Uriel, Otávio e Mauro; se assemelham e muito com Negan de “The Walking Dead”, seja na forma de administrar seu reino usurpado, seja na violência utilizada contra seus inimigos. Mas isso não chega a incomodar, pois acredito ser muito difícil não utilizar determinados clichês quando o assunto é zumbicalipse.
Uma coisa que me incomoda bastante nesses dois livros, e nas “Crônicas dos Mortos” como um todo, são os heróis. Em “A Era dos Mortos”, Fernando e Sarah são verdadeiros T-900. Exímios lutadores, tanto no mano a mano, como na utilização de armas e exímios estrategistas, me lembraram muito os mocinhos dos filmes de ação dos anos 1980 interpretados por atores como Bruce Willis, Silvester Stallone, Chuck Norris, e outros. De situações praticamente impossíveis, Fernando e Sarah conseguem mudar a maré a seu favor.
Mas “A Era dos Mortos”, mostra que Rodrigo de Oliveira não tem medo de ousar. Nesses dois últimos volumes das “Crônicas dos Mortos”, o autor revela que seus zumbis estão em constante evolução, algo parecido com o que vimos no filme “Terra dos Mortos”. Mas esse fato que tanto me empolgou é mal utilizado, sendo resolvido de uma forma bem simples. Aliás, nesses dois últimos volumes da série de zumbicalipse do autor, somos apresentados a um novo Senhor da Morte, que também é peça secundária na trama principal.
O foco do autor no encerramento das “Crônicas dos Mortos”, é o conflito entre os humanos, algo já explorado à exaustão em outras obras de literatura, cinema e TV. O final das “Crônicas dos Mortos” apresenta um desfecho inovador para o zumbicalipse, em compração a outros trabalhos sobre o tema. Mas por focar na relação e nos conflitos gerados entre os humanos, “A Era dos Mortos” é um final agridoce para uma série muito boa.
E os demais livros das “Crônicas dos Mortos”?
A série escrita pelo autor brasileiro Rodrigo de Oliveira, é cheia de ação e violência, que utiliza alguns clichês de outros autores e histórias sobre zumbicalipse. Como disse, acho muito difícil não utilizar determinados elementos narrativos quando o objetivo é contar a destruição do mundo por zumbis.
O primeiro livro (“O Vale dos Mortos”) é bem mediano, e o segundo volume (“A Batalha dos Mortos”) o mais fraco de toda a série.
O terceiro livro (“A Senhora dos Mortos”) é o mais interessante, pois o autor resolve introduzir um elemento até então inédito nas histórias do zumbicalipse. O quarto volume (“A Ilha dos Mortos”) continua a história iniciada no livro anterior e cria as pontes narrativas para os dois últimos livros.
Mas o melhor livro das “Crônicas dos Mortos” é “Elevador 16”. O autor consegue em apenas 60 páginas transmitir todo o horror e a gama de emoções que as pessoas sentem ao se verem presas e um elevador enquanto zumbis brutais acordam para dilacerá-los.
No geral, “As Crônicas dos Mortos” é uma série literária muito divertida, com alguns elementos inovadores, mas que prefere trilhar o caminho comum de outras histórias que narram um zumbicalipse.
Ficha Técnica:
 | Título: O Vale dos Mortos Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 304 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: Elevador 16 Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 60 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: A Batalha dos Mortos Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 310 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: A Senhora dos Mortos Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 280 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: A Ilha dos Mortos Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 336 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: A Era dos Mortos – Parte 1 Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 208 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
 | Título: A Era dos Mortos – Parte 2 Autor: Rodrigo de Oliveira Capa: Comum Número de páginas: 320 Editora: Faro Editorial Idioma: Português |
