SINOPSE: Em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper (Jason Schwartzman) é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.

No ano de 2019, a Netflix estava decidida e arrebanhar o maior número possível de estatuetas do Oscar. E apesar de ser um das produtoras de conteúdo mais esnobadas da premiação, vimos algumas de suas melhores produções originais, como “Klaus”.

A primeira coisa que me chamou a atenção em “Klaus” é a utilização tradicional de animação, indo na contramão da tendência atual: a modelagem através de computação gráfica. Além do saudosismo por utilizar essas técnicas tradicionais para dar vida ao filme, a qualidade da animação é absurda. Fluidez de movimentos, uma boa escolha de cores e traços perfeitos, tornam “Klaus” um espetáculo lindo de assistir.

Apesar de ser contada dentro de uma estrutura que vemos em outras animações, outro fator que encanta o espectador é a história de “Klaus”. O filme narra a origem do Papai Noel. A descida pela chaminé, a lista de meninos malvados que não recebem presentes, as renas e o trenó mágico, e outros elementos que envolvem o Santa Klaus ganham vida e um toque mágico a partir da visão inocente e lúdica que só as crianças possuem. Com isso “Klaus” foca em trazer a magia dos desenhos clássicos sem pesar tanto a mão em questões mais adultas.

Os personagens são bem trabalhados, com destaque para os protagonistas Klaus (voz de J. K. Simmons) e Jesper (voz de Jason Schwartzman), mas é Márgu (voz de Neda Margrethe Labba), uma menininha finlandesa, quem vai roubar seu coração. Sua inteiração com Jesper rende os melhores momentos do filme, sejam eles divertidos (quando os dois conversam, mas não entendem nada do que o outro diz), tristes (a partida do carteiro) ou emocionantes (quando Márgu escreve sua carta para o Papai Noel e recebe seu brinquedo posteriormente). A personagem é personificação da inocência e beleza que “Klaus” quer transmitir. São nos momentos em que Márgu aparece que fiquei com os olhos completamente marejados.

Quem me conhece sabe o quanto tenho certo preconceito com animações, pois na minha opinião, todas apresentam a mesma estrutura narrativa, a mesma forma de ser produzida e apresentam temas que fogem do escopo infantil. “Klaus” também sofreu com minha aversão ao assisti-lo, mas à medida que o filme foi se desenrolando, fui surpreendido e encantado com a qualidade técnica, mas principalmente por resgatar aquele sentimento lúdico e mágico que os desenhos precisam ter. E esse sentimento lúdico e mágico que “Klaus” possui acaba acertando no público a que é destinado: as crianças, sejam elas de 8 ou 80 anos.

Divertido. Emocionante. Mágico. Vale muito a pena assistir “Klaus”!

 

Ficha Técnica:

Título Original: Klaus

Título no Brasil: Klaus

Gênero: Animação

Duração: 98 minutos

Direção: Sergio Pablos

Produção: inko Gotoh, Sergio Pablos, Marisa Roman, Matthew Teevan, Mercedes Gamero, Mikel Lejarza Ortiz, Gustavo Ferrada

Roteiro: Sergio Pablos, Jim Mahoney, Zach Lewis

Elenco: Jason Schwartzman, J. K. Simmons, Rashida Jones, Will Sasso, Neda Margrethe Labba, Sergio Pablos, Norm Macdonald, Joan Cusack

Companhia(s) produtora(s): Sergio Pablos Animation Studios, Atresmedia Cine, Aniventure

Distribuição: Netflix

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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