2019 está quase acabando e chegou a hora de falarmos das produções cinematográficas que se destacaram das demais. Vale destacar, que esse ano tivemos uma quantidade maior de bons filmes que nos anos anteriores. Os espectadores foram presentados por pelo menos um bom filme por mês, com exceção de junho, onde a grande estreia foi “X-Men: Fênix Negra”. Mas em compensação tivemos o mês de maio, que teve um ótimo filme estreando por semana (“Cemitério Maldito” em 09/05/2019, “John Wick 3 – Parabellum” em 16/05/2019, “Brightburn” em 23/05/2019”, e “Godzilla II: Rei dos Monstros” em 30/05/2019).

Acho que uma explicação é válida quando me refiro a produções cinematográficas, já que cada vez mais filmes são produzidos e transmitidos pelas plataformas de streaming. Utilizo a expressão “produção cinematográfica” para aqueles filmes que trazem o que muitos chamam de “magia do cinema”. Um exemplo disso são os longas-metragens “O Irlandês” e “Dois Papas” da Netflix, que podemos ver em celulares, computadores e smart TVs, mas que possuem um “algo mais”, que quando assistido em uma telona de cinema, se tornam uma experiência de entretenimento muito melhor.

Voltando a falar desse ano nos cinemas, a grande de quantidade de bons filmes, tornou a eleição do TOP 3 de 2019 mais difícil. Em um balanço, assisti cerca de quarenta filmes, sendo que 80% desses são elegíveis para estarem no pódio. Caso queira saber mais sobre os eleitos do Cinemaníacos, as resenhas para os escolhidos já existem. É só clicar no título dos longas-metragens que você será encaminhado para a publicação.

Mas chega de explicações, e vamos apresentar, na opinião do Cinemaníacos, os três melhores filmes de 2019! E que 2020 seja tão bom nos cinemas quanto esse ano que termina.

3º Lugar – Vingadores Ultimato

Dez anos e vinte um filmes., para chegarmos à produção que encerra a Saga do Infinito do MCU. Fazia muito tempo que não via tamanha expectativa por parte dos espectadores para ir ao cinema. “Vingadores: Ultimato” é o capítulo final da batalha contra Thanos. E que batalha! O Titã Louco foi retratado como o vemos nas HQs: implacável e poderoso, dono de uma inteligência e frieza únicas. O terço final do filme, é uma batalha campal de empolgar até os mais céticos e puristas.

Mas “Vingadores: Ultimato” é longo além da necessidade narrativa. Acho válido o fã-service que o filme faz, mas se essa parte fosse menor ou até mesmo inexistente, o último capítulo da Saga do Infinito do MCU teria chegado mais alto no nosso pódio.

“Vingadores: Ultimato” se tornou em mais que um filme, mas em um evento. Concordo com o diretor Martin Scorsese, quando diz que os filmes da Marvel são atrações de parque de diversão. E que bom que o MCU nos trouxe essa verdadeiro “Kamikase” cinematográfico.

“Vingadores: Ultimato” é nosso medalhista de bronze de 2019!

 

2º Lugar – Vidro

“Vidro” estreou em janeiro, e foi o primeiro dos quarenta filmes que assisti em 2019. E ao longo do ano ele entrava e saía do TOP 3, mas ao revê-lo percebi o quanto a história do diretor M. Night Shyamalan é uma das melhores já vistas no cinema.

Com um excelente roteiro, “Vidro” se desenvolve de forma fluída, e mostra uma história de super-heróis original e completamente diferente do que estamos vendo nos últimos dez anos. E essa originalidade é uma característica sempre presente nos trabalhos de M. Night Shyamalan.

Além da direção e do roteiro, o trio de protagonistas é um show à parte, com destaque para James McAvoy que se superou em relação a “Fragmentado”, em termos de interpretação. E como em todos os filmes do diretor, temos um plot twist muito inteligente, ao responder uma pergunta importante de “Vidro”: por que só existem três seres com capacidades extraordinárias?

“Vidro” é o filme que coroa M. Night Shyamalan como um dos melhores contadores de história do cinema, e por isso recebe nossa medalha de prata em 2019!

 

1º Lugar – Coringa

De candidato a maior decepção do cinema em 2019 para um fenômeno cinematográfico. Quando “Coringa” foi anunciado em 2018, quase todos acharam que o filme não funcionaria, pois como o Palhaço do Crime de Gotham podia aparecer sem o Batman? A resposta foi dada nas bilheterias já na semana de estreia, ao se tornar o longa-metragem para maiores com maior arrecadação do cinema. Além disso, “Coringa” ganhou o prêmio mais importante do Festival de Veneza.

“Coringa” é perfeito em todos os aspectos que uma produção cinematográfica possui. E essa perfeição se resume em um longa-metragem cativante do primeiro ao último minuto de exibição. É impossível para o espectador se distrair enquanto assiste ao filme, ao trazer uma história perturbadora e desconfortável de Arthur Fleck, uma pessoa com sérios problemas sociais e mentais e que se transformará em um dos maiores sociopatas dos quadrinhos.

Mas “Coringa” vai além de contar a sua versão da origem do Palhaço do Crime. Com um tom muito sério e realista, e utilizando referências em filmes com “Taxi Driver” e “Um Dia de Cão”, o filme também faz uma reflexão social, ao apresentar um personagem com problemas de saúde e que é marginalizado pela sociedade.

“Coringa”, tem como um dos objetivos, contar uma história desconfortável ao espectador. Não existem momentos felizes para Arthur Fleck durante os 122 minutos de duração. E essa mensagem é transmitida perfeitamente, graças à atuação impecável de Joaquim Phoenix. Seu personagem é monstruoso, e ao mesmo tempo que você se conecta a ele, você também sente repulsa pela sua condição. E como Heath Ledger, Joaquim Phoenix mostrou que o Batman é um personagem secundário, diante de atores com um talento e uma dedicação ao personagem extraordinários.

Desde que faço o TOP 3 do cinema, a cerca de sete anos, nunca um filme esteve tão acima dos demais concorrentes. “Coringa” superou todos os elegíveis com folga, e nosso TOP 1 de 2019!

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Publicado por Marcelo Santos

Quase biólogo, formado em Administração. Maníaco desde criança por filmes e séries. Leitor assíduo de obras de ficção, terror, fantasia e policial.

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